segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

32º dia: Coisas que aprendemos quando "moramos fora"!

Via facebook, tive contato com estes texto do blog de Josie Conti. Ele traduz muito das minhas vivências quando saí de casa. E algumas das vivências que tenho acompanhado o Carlos viver nesses 32 dias...
12 coisas que somente as pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão! ;)

Nas cidades do interior como a minha, é normal que os jovens saiam de suas casas para estudar fora e cursar uma universidade.
A partir daí, os anos fora e depois as oportunidades de emprego que surgirão por seus caminhos muitas vezes oferecerão diferentes perspectivas às suas vidas e morar na cidade em que cresceram talvez não seja mais a melhor opção.
Abaixo, conheça 12 coisas que somente pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão.

1. Você aprende muito sobre a vida.

Não há nada melhor do que mergulhar fora de sua zona de conforto para fazer você perceber que você, independente da idade, é um novato na vida.

2. Você encontra pessoas inesquecíveis.

Morar em um mesmo lugar promove segurança e pode proporcionar relações sólidas e profundas. Entretanto, conhecer gente nova (pessoas que vieram de lugares diferentes e tiveram experiências de vida até opostas das suas) fornece uma visão mais ampla de diferentes realidades, possibilidades de vida.

3. A vida não é estática

 Aventurar-se faz o coração se sentir revigorado e novo outra vez. 
4. Você tem que tentar coisas novas.
 É tudo sobre se meter em situações novas e transformá-las em experiências surpreendentes. Quando você estiver em lugar diferente, posturas diferentes serão tomas por você- mesmo que não queira.

5. Você encontra o valor em se perder.

Realmente! Se perder em uma cidade, em seguida, passear. Já aprendi a dirigir em cidades simplesmente me perdendo por elas. Eu tinha que ir a um lugar e me lembrava que já tinha me perdido por aquela região.
Outra coisa deliciosa quando você se perde, é descobrir onde ficam alguns lugares que você nem imaginava como encontrar.

6. Você pode redefinir a relação que você tem consigo mesmo e até com os outros.

Todo mundo precisa de um tempo sozinho e mudanças de cidade podem promover isso. A distância e algum tempo sem as companhias habituais permite que valorizemos mais quem gostamos e tenhamos momentos mais construtivos com elas, quando as oportunidades permitem.

7. Você aprende a falar com as pessoas

Ah, a “ocasião faz o monge”. Mesmo os mais tímidos precisam aprender a se virar em locais diferentes.

8. Você fica menos preconceituoso (a)

Morar fora permite conhecer coisas novas e ter contato com mundos e pessoas diferentes. Ao conhecê-los, ao invés de temê-los e evitá-los, você perceberá que eles só têm a somar. Preconceito é fruto de ignorância e medo.

9. Você desenvolve confiança.

Depois de se adaptar em lugares diferentes, você começa a perceber como você é inteligente. Afinal, você chegou ao seu destino, se acomodou, pediu ou aprendeu a fazer comida e, de alguma forma, fez isso através de uma nova experiência. Você é muito engenhoso!

10. Você descobre que pode ser livre como os pássaros

Você é o capitão do barco, você é seu próprio guia, seu próprio patrão.Toda decisão que você faz é sua assim como as consequências dela. 

11. Você descobre que todos nós somos um só povo.

Não há nada como se mudar ou viajar para fazer você perceber que , onde quer que você esteja, você desenvolverá laços afetivos e passará a se preocupar com pessoas diferentes, e, a parte boa: elas também se preocuparão com você.

12.Voltar para cidade natal será maravilhoso

Rever os amigos, a família e os velhos cenários é algo indescritível para quem mora fora. Do cheirinho da comida a maneira como o clima impera naquela região, tudo tem o seu toque particular e você perceberá que, mesmo que não queira mais viver lá, aquilo faz parte de você.

FIM!!!

AH!!! Fim nada, fica aqui o convite para visitar o blog da Josie clique aqui e vá até ele! Tem um monte de outros textos interessantes dela!!! ;)


Outro AH!!! FALTAM APENAS 6 DIAS PARA A PRIMEIRA VOLTAAAAAAAAAAAAAAAA!

domingo, 14 de dezembro de 2014

24º dia

Depois do post pesado... me veio a cabeça uma idiotice...

Eu estava achando que estava na pior... mas isso não é nada, perto das bailarinas do Silvio Santos que ficam dançando com plaquinhas da Jequiti na mão... Afff!!!

sábado, 13 de dezembro de 2014

23º dia: Quando o sábado pesa...

                                                             
                                          
Desde a ida do Carlos, os sábados mudaram de cor.
O fim de semana aguardado, os feriados prolongados ou os domingos de manhã perderam a graça.
Minha intenção nunca foi fazer deste espaço algo pesado.
Mas também não era minha intenção mentir.
E preciso reconhecer...
Hoje, especialmente, neste sábado, ou melhor neste fim de semana...
Ficou pesado suportar a distância...
O dia amanheceu nublado mesmo com o sol lá fora...
Um aguardada sábado demorou a passar... passou lento... chato...
O computador preenche, parte da falta, mas há uma outra parte com a qual vou ter que aprender a lidar e esta não é suprida pela tecnologia...
Hoje ficou pesado.
Não comentei nada com o Carlos...
Porque não há nada que possa ser feito.
Não há nada que possa ser feita à distância.
O problema é exatamente ela: a distância.
Chorei... ridiculamente ouvindo Fábio Jr. no Faustão.
Chorei porque descobri que tirei o Carlos no amigo secreto da turma... 
Engraçado, queria tirar ele...
Acho que pra ter a oportunidade de dizer o quanto eu o amo.
E o quanto percebi o tamanho do espaço que ele ocupa na minha vida.
Dentro de mim...
Porque hoje, parece que essa espaço vazio pesou, o silêncio gritou e eu me senti só.
Como há tempos não me sentia.
Hoje foi difícil segurar...
Hoje a saudade veio morar comigo e com a Paçoca...
Hoje não foi fácil.
Não está sendo.
Não está.
Faltam... 14 dias pra primeira volta.
E 177 dias para a volta definitiva.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

21º dia: Vivendo e aprendendo!



E conversando com o Carlos, ouvi ele dizer que precisava desligar porque iria "montar o sofá"! 
Pois é... Já imaginei algo tipo isso...

Carlos perdido em meio às instruções! E o melhor, martelando dedos, prendendo dedos no meio das peças do sofá. E imediatamente mandei a piadinha: Liga pra sua mãe, querido!?


E continuei... "Terceiriza esse tipo de serviço! Ela deve conhecer alguém que monte móveis aí, ela conhece todo mundo! Não não! Melhor liga pro seu tio. Ele vai montar pra você! rsrs" 
E a cara dele, foi inicialmente a do Doguinho abaixo...


E depois, ele fez uma seleção de palavras impronunciáveis num blog de família e uma lista que nós frequentemente exercitamos um com outro, mais por sarro do que por briga ou seriedade. 
O fato é que tem uma série de coisas que Carlos, inevitavelmente está tendo que fazer e eu? Tô adorando! rsrsrs

1. Comprar comida e decidir o que comer em pelo menos três horários diferentes...
2. Pensar pra pedir ou comprar comida, porque tudo o que compra exige um raciocínio normal mas em inglês!!! :D
3. Comprou escrivaninha e precisou levar a escrivaninha desmontada para casa.
4. Montou a escrivaninha, mas se deu conta quando chegou em casa que precisava de ferramentas.
5. Pediu ferramentas emprestas... pros vizinhos... inves de discar e pedir para alguém familiar...
6. Montou o sofá.
7. Tem que se virar com os mapas da cidade (em viagem, essa tarefa é sempre minha...)
8. Este item é desdobramento do aprendizado anterior, Deus ajude que ele desenvolva condições para seu GPS pessoal, aquele que te sugere ir para a esquerda - mesmo que você esteja perdido! E você realmente tem que ir pra esquerda. Acredite o GPS dele não funcionava até então. Se ele mandasse a gente ir para a esquerda, podíamos ir pra direita que dava tudo certo! rs
9. Tem que pedir e aceitar ajuda de estranhos.
10. Ouvi ele dizer "PRECISO FAZER AMIZADE". Necessidade nunca sentida em quem sempre morou em sua cidade natal!
11. Limpou a casa, não que não limpasse no Brasil, mas aqui havia sempre outras possibilidades: faxineira, ignorar a bagunça e ir pra casa, pedir para a D. Silvia chamar a faxineira!

E eu espero que essa lista não se esgote... Que ela aumente, como aumenta para todo mundo que mora fora. E no caso dele em modo hard: outro país, milhas de distância, outra língua e SOZINHO MEEESMO.
Ah! E fiz a lista, não só por zueira, mas porque me causa orgulho, acho que são aprendizados importantes que farão do namoradão, alguém melhor!! Mas confesso! EU CONFESSO! Tudo isso muito me diverte!


Faltam 179 diiiiiiiaas!!! 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

13º dia: Duas vidas, mas com alguma coisa em comum!


                                                                                                                       

Hoje foi dia de experimentar algo novo nesta aventura a dois e com muitas milhas de distância.
Carlos, assistiu à uma aula na Universidade onde está fazendo o doutorado.
E eu... dei provas de segunda época na faculdade onde eu trabalho.
O horário reservado à conversa via skype... era o horário da aula dele.
E combinamos... Que hoje não conversaríamos.
Foi diferente.
Mas é interessante que é nesse espaço de confiança que as certezas aparecem.
Não falei com ele, mas isso não significa que ele não estivesse presente.
Nas conversas, na minha postura... no pensamento.
E acredito que ele tenha vivenciado o mesmo.
Certo mesmo, estava Rubem Alves. 
O vazio da presença do Carlos me dá a certeza de que ele existe mesmo na ausência, mesmo no silêncio, mesmo no vazio da saudade... 
Saudade é fato. Mas foi lindo vermos que conseguimos ser felizes de forma independente e ter a certeza de que ficamos juntos não por inércia, dependência, necessidade... mas por vontade e desejo.
Muito bem Sr. Rubem Alves... o senhor sempre esteve certo!!       
                                                                                                          


 A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade..."
Rubem Alves

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

12º dia: Ah! A adaptação!

Décimo segundo dia...
E Dezembro, mês de número 12 (nossa!) começou com notícias difíceis. 
Grandes amigos meus, tiveram perdas.
Carlos de longe, acompanhou um pouco do impacto via face.
Mandou inbox, tentando estar perto - mesmo que longe - dos amigos.
E hoje o dia não começou fácil pra mim... 
E pro Carlos tb não.
Mensagens de saudade. Se referindo a saída da "zona de conforto".
A noite (viva o skype!) mais expressões de cansaço e dificuldades própria da adaptação.
Reclamou, chorou, pediu mudança de sala no inglês.
Reclamou horrores da língua, da sala, dos colegas de sala, do mundo...
Estava chateado.
Ouvi, ouvi, ouvi...
Esperei ele se acalmar...
Contei algumas coisas sobre meu dia...
Depois quando ele ia iniciar a sessão reclamação.
Impedi! 
Às vezes a gente sente pena da gente mesmo. E isso dá mesmo vontade de chorar.
Mas mesmo chateados a vida segue a diante.
E esse foi o caminho por ele escolhido, então o incentivei a trilhar.
Quanto a mim, um raciocínio tem me ajudado:
Não posso passar pelo Carlos as dificuldades pelas quais ele terá que passar.
Posso acompanhar. Mas não resolver por ele.
Esse processo de sofrimento e adaptação gerarão um novo Carlos, e isso será bom pra ele e pra mim.
E amanhã fica tudo bem.
Ele assistirá uma aula do prof. dele lá: o Michael (um Freud pós moderno... mas um Freud! rs)
E eu trabalharei e muito aqui... amanhã o dia no Brasil começa as 07:30h da manhã e termina às 00h!
Falando nisso... Tô indo a-go-ra pra cama!!!
Boa noite.