Como começou minha história com o Carlos

Adoro contar essa história...
E aqui está ela sob o meu ponto de vista... 
Qualquer dia, ele conta o olhar dele sobre tudo isso! 

Fui contratada para dar em uma faculdade, no curso de psicologia.
Dias antes de assumir as aulas, minha mãe disse: "Vá arruma, bem bonita. Vai que você conhece algum professor?!"
Frases de mãe impregnam o destino né!? De alguma forma, talvez ela já soubesse... 
Mas a dica dela demorou a fazer sentido...
Antes disso, viajei muitas noites sozinha... e em carona de outras professoras da psicologia.
Mas de sexta-feira, eu em início de carreira na instituição, era a única de Marília a dar aulas... e ia e voltava sozinha.
Em uma dessas sextas-feiras, um professor que já havia visto pelos corredores da faculdade se aproximou do meu carro no posto de combustível onde todos os professores abastecem o carro:
"Boa noite, professora? Soube que você é de Marília, também sou. E fiquei pensando que podíamos vir juntos às sextas-feiras para reversar o carro e não desgastar muito nossos carros."
Pensei: Ha! Nem pensar! Quero mesmo é vir sozinha. E ao mesmo tempo... pensei ... Sorria Daniela, para se livrar logo dele... E sorri! Como se concorda-se... E como diz uma priminha minha... muito danada... pensei: Concordo, bosta nenhuma, com essa proposta! Mas sorri!
E ele continuou... "Quer anotar meu celular, daí você me liga para combinarmos." E eu continuei sorrindo e pensando: Vou ligar, bosta nenhuma, mas ainda bem, que ele ofereceu o telefone, anoto o número e ligo entre nunca e jamais...
Assim que ele terminou de passar o número ele me disse: Qual seu nome!? Pra eu anotar seu número aqui?!
Pensei: Pqp (você sabe que palavrão essas letras significam né!?) que cara entrão! Vou ter que dar meu telefone... e respondi o número do telefone e meu nome... embora quisesse dizer: Vou dar meu número, bosta nenhuma! (risos)
Voltei pra casa e pensei: Deeeeus me livre vir com esse cara e não poder vir ouvindo minhas musiquinhas em alto e bom som. Não o conheço, nem quero conhecer... Afff.
Mas segui meus dias tranquila.
Quando na sexta-feira... meu celular toca... 

Minha cara ao ver o número... 
Vejo o número "Carlos coord adm" Puuuutz! O cara!
Ele definitivamente queria "poupar o carro!" Mas eu não seria poupada...
Tentei enrolar em respostas vagas... mas ele ligou decidido.
A gente pode se encontrar na portaria do meu prédio, em tal lugar, às 17h. E eu pensando: Nããããão! 
Mas respondi: AH! Sim! Lógico!
E pensando... Que bosta!
No horário e local combinados - detalhes estes que eram todos práticos PARA ELE e não PARA MIM lá estava eu... SUPER sem graça! 
Fomos para Tupã.
Na primeira viagem não falei muito.
Ele falou HORRORES...
Achei engraçado... sem noção... mas engraçado.
Na semana seguinte combinamos carona...
E conversa vai conversa vem... 
Descobrimos um conhecido de faculdade  - meu - que era melhor amigo dele: Juca!
Viagens e mais viagens... conversas e conversas...
Várias coisas em comum: ele também era leonino, também gostava de sertaneja, se dizia "festeiro"...
Aos poucos optava por dividir a viagem com ele...
Ele ligava no meu trabalho combinando as viagens... até mesmo quando ele não ia.
Organizava TUDO para eu voltar com ele...
E confesso... Achava isso legal.
Também passamos a dividir o carro com outros professores: Anderson, Ana Lívia, Rafael, Vanessa... e as viagens eram de RISADAS INTERMINÁVEIS...
Aos poucos viajar com ele, conversando, rindo, cantando (músicas sertanejas ou breves competições para ver quem cantava Faroeste Caboclo sem errar) ia fazendo das distâncias Marília - Tupã mais curtas...
Um amigo. Que ouviu muitos segredos (embora ficasse puto com os detalhes!)
E que passou a dividir os problemas do casamento comigo.
Isso. Ele e todos os que pegavam carona conosco eram casados ou noivos.
Eu a única solteira, e o maior alvo das chacotas do Carlos.
Eram piadas que variavam de enquetes com todos perguntando o estado civil de cada um e me zuar quando eu respondia: Solteira! Até... denominações terríveis tipo: Encalhada.
Com o tempo o casamento dele foi desandando.
E os meus "rolinhos" me mostrando que nunca tinham futuro.
E os que tinham... perdiam o futuro diante dos conselhos que o Carlos me dava e eu seguia...
O que fazia tudo desandar...
Senti saudades quando não pudemos viajar juntos.
Neguei a necessidade de vê-lo e fugi disso.
Embora sentisse no ar que algo acontecia. Ele era casado e nós, respeitávamos isso.
Ele teve problemas com a esofagite e dividiu o sofrimento comigo.
Me fiz de forte na hora em que conversamos e me angustiei muito depois...
Ele dividiu o sofrimento do fim do casamento comigo e eu ficava entre o feliz por ter terminado e triste por vê-lo sofrendo.
E aos poucos fomos nos aproximando.
Saindo na mesma turma...
A Sandrinha também foi de grande empenho para juntar o casal que as amigas mais chegadas do CEREST enxergavam meses antes do namoro começar...
Enquanto Carlos afirmava que eu era o "amigo homem" dele... Sandrinha explicou a real, referindo-se a tudo que provava que era uma mulher... 
Foto do dia em que a San explicou a real! rs
Tudo isso depois de muita cerveja para mim, para ela e todos os amigos que estavam em uma das minhas comemorações de aniversário.
O fato é que depois de muito resistir e de uma ajuda da Flávia minha amiga e sempre chefe, que também viu o namoro antes mesmo ele começar...
Flavitcha, ex-chefe, amiga, irmã, coaching! hahaha
Ficamos... E começamos a namorar...
Depois disso, foram uma sequencia de fofices dele para me provar que me amava...
Surpresa de Natal, flores de hora em hora no meu trabalho, CD com as nossas músicas e declaração de amor em cartão... muitos bilhetes no carro.
Ele deixava bilhetes no meu carro em lugares que nem podia imaginar... (risos)


Tudo para me convencer que estávamos no caminho certo.
Eu sempre cheia de medos. Ele cheio de certezas.
Mas não foi tudo lindo...
Houveram muitas MUITAS MUUUITAS brigas.
Ainda existem brigas...
Ainda somos muito questionadores...
Mas hoje as certezas superam...
Mas eu continuo sem acreditar que o cara por quem iria me apaixonar, por um motivo não explicado... me pediu "carona" em um posto...





O amor pode estar em qualquer lugar... em qualquer esquina e acontece, sem qualquer razão.
Apenas porque têm que acontecer...

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