Maternidade. Tema delicado. Um amor imenso, uma cansaço maior ainda, principalmente pra quem escolhe vivê-la só. Distante da família, assim como foi minha escolha.
Hoje foi um dia difícil. Theo chorou muito. No colo, fora dele, no chão, no berço, no trocador. Quando vi estava chorando e pedindo pra q ele parasse como se eu tivesse 6 meses e ele 39.
Deixei ele por alguns minutos no berço, seguro de quedas, longe e seguro de mim, do meu cansaço, da minha raiva, do buraco onde entro quando ele esperneia e penso em resolver como minha mãe resolvia.
Nesses dias, Theo passa no colo de várias Danis. Da mais calma e compreensiva no começo do choro, ou após exaustão e choro; até a Dani surtada, desesperada, irritada e que n sabe o q fazer.
Não é fácil, ninguém disse que seria, mas ninguém consegue dar a nota do quão difícil é.
Uma amiga havia dito. Não acreditei. Achei força de linguagem, intensidade dela... selas (mais de uma me avisou). "Vc acha que conhece o caos, até ter um bebê! Mas é aí que descobre que não conhece!"
Depois de choro meu e do Theo pedi desculpas. Theo tem mania de achar graça na braveza, pq é brincadeira nossa fingir braveza sendo piada. Na minha irá, ele ri. Quando n sei o que fazer, por vezes sorri, como se atestasse q sobrevive aos meus erros. Eu o ensinei brincando a se proteger. Ainda bem q ele o faz.
Porque depois passa. A culpa vem. E fica tudo bem.