quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Theo agora:

Come comida quase sozinho. 

Faz barulho de hmmmm!

Narra o que come: aoooooozzzz, cainiiiinha...



Nota mental

 Não se deixe enganar: atenção básica, não é básica.  Não numa quinta de dengue, covid, sem as duas medidas, um enfermeiro e o Cdhu de teatro pra cena acontecer.  

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Depois que virei mãe

 ... As vezes demoro a dormir pq escuto o ritmo da respiração do Theo q tá lá no outro quarto.

… choro com música, propaganda, história, novela infinitamente mais que antes.

… pequenas mudanças na rotina, por menores e mais bobas que sejam, me desorganizam e me deixam ansiosa

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Nota sobre acompanhar um possível morrer

 Esperar a morte de alguém guarda certa semelhança com o esperar alguém nascer. 

Emoções diversas, ambição, ansiedade e um gigante não saber. 

Como será passar para o outro lado da vida sem/ com essa pessoa? Qual a sensação? 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

O minuto que antecede

 Uma música dos Paralamas me é muito reflexiva: A vida sem freio me arrasta, me leva, me cega no momento em que eu queria ver. O minuto que antecede o beijo, a palavra que destrói o amor, quando tudo ainda estava inteiro e no instante em que desmoronou...

Me sinto no segundo que antecede a queda da maior árvore familiar. Pra quem n tem avós desde muito cedo como eu, tias são excelentes substitutas e as minhas foram.

Sinto estar. Temo estar nos minutos que antecedem a partida da última "avó".

Ou seria da primeira? A última a partir. A primeira a ser. Minha tia mais velha. O jequitibá da família. A das muitas palavras, muita fé e aquela calma talhada em quem já viveu MUITO.

Firmeza. Fé. De expressões diretas. De fala com riso. Uma vida BEM vivida. 4 filhos. Uma dezena de netos. Uma bisneta. Uma força. 

Bacias e bacias de pipoca. Garrafas e garrafas de café. Vários pães francês em formato bengala pros meninos. Nomes compostos nos filhos, sempre ditos nas narrativas. Não havia espaço pra mimos. Diminutivos. As coisas tinham o tamanho que tinham. Doses de realidade.

Eis que chega a porção de realidade que talvez anuncie que essa constante, talvez tenha perdido a força. Rim com função alterada. Infecção pulmonar em ação.  Sonolência. Condição de saúde delicada.

O boletim médico e o real desenham um caminho que parece ser de despedida. Da tia que se alegrava com a minha chegada, depois com a nossa chegada (Carlos e eu) e por fim se derrete com a chegada da gente com o Theo.

Da tia que se alegrava com meus vestidos. Gracinhas. Laços. Cabelo amarrados. Me chamava de Chiquinha estendendo o carinho do meu avô a mim. 

A tia que tinha uma vaca em "seu quintal". Que fez filhos pra serem meus primos e amigos. Que é a árvore que se mantinha de pé.

A tia que talvez n tenha tido tempo de ver a linda foto que compôs conosco no nosso casamento. Que me ensina que o tempo é hoje.

Aquela q me faz pensar q se precisar de apoio pra partir pq se cansou da luta: aqui estou dizendo fique se fizer sentido. Parta se for seu destino. Nós prosseguiremos por você e tendo vc em nós.

Amém.



domingo, 4 de fevereiro de 2024

Dominando

 Theo faz muitas coisas agora. 


Tenta formular frases. 

Faz graça. 

Faz manha. 

Faz traquinagens.

Domina seu corpo pra subir no parquinho do condomínio pela rede.  

Já que ir ao play nos restaurantes. 

Fala papai, mamãe, miau, Augusto, cocó, cocô, pipi, pipa, pita (sua versão de Bita, ião (avião), pá (passarinho), lua (que significa lua mesmo) e lua (que significa luz), bobó, bobô, vovó Ia (vovó Silvia), tuto (susto), pã (pão), Tê (Terezinha), aiai, nãããão, be (respondendo que tá tudo be), Babá continua sendo Marina e Baaaa (Marta). Uhuuu! Ihiiiii! E....

Aquéca! A-aaar cocó! Como comando pra Alexa tocar Galinha Pintadinha!

Amanhã ele volta aula. Meu coração tá em suspenso. Mas já de ser bom!