segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Novas expressões

 Um minuto de silêncio porque hoje Theo disse: jirimum pra abóbora do mercado.

Disse “ Papai trabalhando” em resposta a pergunta da minha mãe e completou: “A mamãe tá aqui!”.

E quando perguntei sobre a chupeta dele ele respondeu: Eu não sei! 

Ele tá crescendo muito, rápido e é um companheirinho lindo!! 

Pequenas alegrias da vida adulta

Tenho tido paixão por cuidar da casa desde que mudei pra casa nova, o que significa que a paixão tá persistente, já dura mais de um ano.

A noite ou pela manhã antes do trabalho, passo pano úmido ao menos na sala e cozinha, continuando pelo corredor. Lavo a louça, organizo a cozinha, “zero” a casa pro dia começar de novo.

Como um ritual que encerra ou inicia o dia. Como se me preparasse pro que vou viver qdo voltar pra casa depois que o trabalho terminar. Tenho amado olhar pra casa arrumada qdo saio pelo trabalho. Tem sido gostoso. E sempre agradeço quando olho pra tudo. Essa casa é mto mais do que eu poderia imaginar! 

Graças a Deus! Graças a nós que também trabalhamos mto por isso. 


terça-feira, 10 de setembro de 2024

Descompasso

 Existe um descompasso entre o meu sentir e av realidade.

O meu sentir é o sentir alheio.

Existe um descompasso.

Existe uma distância entre o que penso e o que acontece.

Entre o que temo e o que se materializa.

Uma distância.

Um vão entre o que sinto e o que vou vivendo. 

Entre o que imagino e o real me entrega.

Nunca sei o tamanho desse vão. Só sinto, me preocupo e alivio. 


Estou cansada. 

domingo, 8 de setembro de 2024

Ironia

 Psicóloga. Quase 20 anos de formada. Há 14 anos trabalhando com saúde do trabalhador. Ouvindo histórias de pessoas que sofrem em suas vivências com o trabalho. Sei o que é um trabalho adoecedor. Sei a dor que más relações de trabalho causam. Sei que o trabalho adoece e sei da solidão que é ter tais problemas.

Sei que os colegas de trabalho muitas vezes não compreendem, que a família n entende, que os amigos acham estranho.

Sei que todos dizem pra desencanar, mudar, revisar, tentar, repensar, mas n abrir mão do trabalho.

Eu sei disso e neste momento eu vivo isso.

Não sei em qual parte do caminho as coisas mudaram, mas mudaram. N sei onde me perdi… Mas é assim que me sinto.

Nos últimos tempos, meu trabalho, tem sido escutar dos outros frases que penso. Meus pacientes verbalizam o que vivo. Tenho trabalhado pra que outros n vivam  falta de sentido que vivo. Tenho tbm me irritado, com n conseguir mudar meu olhar, por estar num lugar onde por vezes n acredito no que faço e tbm n sei onde encontraria mais sentido.

Tenho trabalhado pra de algum modo expressar o que vivo em silêncio (ao menos parcial).

Parece que meus anos foram sequências de tentativas de provas minha capacidade, de confrontar, de respirar e seguir mesmo me irritando, de fazer só pra remar contra a maré.

 Há algum tempo tenho percebido que o trabalho é estar às voltas com um cubo mágico q n sei bem como resolver e fico tentando.

Que resolvi duas linhas dele e digo: Olha! Resolvi! Mas nunca é suficiente. Nunca encontro paz. Nunca a completude. Mas sigo.

Ouvindo e vivendo histórias de sofrimento no trabalho, ouvindo e vivendo… vivendo… e ouvindo.

sábado, 7 de setembro de 2024

Depois

 Meu problema é o depois. Depois que passa. Depois que a coisa se resolve. Depois que o enfrentamento acaba. Depois que a data passa. Depois que a festa acaba. Depois que passa a tensão. Meu problema é a ressaca. O retorno. A rebordose (essa palavra existe?). O revide. O retorno. O pós.  

Passada a morte da Paçoca. Passada a tensão do evento do Carlos e todos os compromissos complementares. Passadas as festas de aniversário. Passada a tensão no trabalho. Passado o antibiótico do Theo. Passado o outro antibiótico. Passado o cansaço dessa preocupação. Passada tensão da reunião de equipe. Passada a palestra on-line pra faculdade da Déborah. Passado o susto da conjuntivite do Theo. Passada a surpresa da conjuntivite do Cá, passada preocupação com a minha conjuntivite e a reinfecção do Theo, passada a tensão de todos os cuidados pro Theo não se contaminar e os exames pré-operatórios sem saber se faríamos ou não a cirurgia. Passada a intensa aventura de operá-lo acalmando meus pais, Carlos, minha sogra e principalmente o Theo… passado o retorno pra casa e todos os cuidados com a cirurgia e com a conjuntivite… 

O problema é o depois de TUDO ISSO. 

Estou exausta. Com dor de garganta (aquela q o Theo quase n sentiu na operação). Assustada. Triste. No pós. Tudo passado fica o cansaço de suportar o peso do loooongo parágrafo de tudo o que já passou mas tá logo aqui, acima, ao alcance dos olhos. Porque parece q agosto é setembro já durou um ano e apenas passou levando tudo consigo, inclusive minha energia. 

Cansada.

domingo, 1 de setembro de 2024

Cansaço

 Depois de MUITOS dias de antibiótico, antialérgico, colírio, probióticos, ansiedade, cá estamos: nós 3 com conjuntivite.

Theo pegou e Carlos pegou e eu peguei e Theo pegou novamente e eu simplesmente estou exausta. Exausta de tensão, de sempre ter q ser resiliente, de sempre estar tensa, de sempre estar disposta, de nunca viver as coisas do jeito que quero. Ok! Entre problemas respiratórios e conjuntivite, sei que n devo nem posso reclamar, mas a minha realidade, mesmo suave: me cansa!

Agora pode ser q a gente vá pra cirurgia do Theo com ele e nós saindo de uma conjuntivite. Lidar com desconforto emocional e desconforto físico será difícil. Lidar com as frustrações dos planos e pblms no trabalho tbm.

Parece que tudo veio junto e nós simplesmente temos q lidar. Fim. Theo está fofo e lindo! Entre as conjuntivites a dele é super suave. A reclamação n é sobre ele… é sobre tudo que vem no pacote da maternidade e não eh fácil. Apesar dele ser lindo! Socorro! Parem o mundo que quero correr ali na minha infância, ser bem mimada e já volto.