quinta-feira, 27 de março de 2025

Pequenas conquistas verbais

“ Mamãe tive uma ideia! Que tal…” começa ele com suas sugestões de brincadeira.

Brinca sozinho e cria histórias.

Hoje fizemos um “diálogo” interagindo com bonecos pela primeira vez em uma brincadeira.

Theo eh hábil em mudar letras de música pra brincar com a gente, falar sobre situações que estão acontecendo e inserir pessoas que estão com ele na música.

“Mamãe, para de falar!” Quando estou conversando e n dou atenção.

Theo consola a amiguinha da rua, a acalma e se acalma fazendo isso. 

Theo já fica brincando enquanto eu tomo banho 🤗

“A prô Glaucia gosta de histórias, né filho? E a pro Valéria? Gosta do que? — De falar, mamãe!”

Theo não fala mais suco de popo, sobre a guerra de côco. Agora a palavra côco é pronunciada corretamente.

Ele diz “xô fenícia!” Em uma música que é “xô preguiça”.

“Não pode deixar água parada, lixo no quintal, se n o mosquito da dengue vem na nossa casa…” Theo, 2 anos, em meio ao caos da dengue na cidade.

“A Lelena, mamãe, eu preciso ir brincar com ela!” Theo abre a porta de casa, se pendura na grade pra ver a Helena, nossa pequena vizinha e sua amiga!

Hoje, 27 de março, Theo fez xixi no box do banheiro após eu pedir…



Revisitando minhas ausências…

 Hoje em sessão, me dei conta mais uma vez das marcas causadas por ausências… agora na minha adolescência.

Observei que falava de adolescência sob esse ponto de vista, pela primeira vez no divã. A solidão que sentia. A sensação que vivi a cada vez que vi outras coisas sendo importantes que não eu, na vida de quem mais me importava.

Ausências como essa causam na gente diversos movimentos. Em mim identifico a constante tentativa (quase sempre frustrada) de ser vista, validada, reconhecida nas minhas características. Lembro das longas horas de conversas em que contava sobre meus colegas na expectativa de me valorizar e me provar diferente deles e caminhando com os valores admirados em minha casa.

Quantas vezes tirei nota esperando congratulações. Quantas vezes tentei encantar olhos que por vezes n estavam voltados pra mim, n pq n fosse uma imagem pra ser vista, mas por fragilidades de quem n me observava.

Ainda sigo com a sensação de que meus esforços n são vistos. De que o julgamento sobre mim será sempre pesado e meu desempenho nunca a contento.

Sigo tentando na fazer isso com o Theo. Sigo na busca por fazê-lo certo de q ele é AMADO exatamente por ser ele. Que a minha frustração n o esmague. Que as contrariedades das nossas escolhas n façam com que ele se sinta menor aos meus olhos. Que as rebeldias dele, n coloquem em cheque a certeza de que é amado nas falhas, divergências, diferenças, fragilidades e naquilo que n compreenderei dele.

Hoje dialogamos sobre ele estar expressando suas insatisfações e agressividade, na rotina, no brincar. Sobre ele estar às voltas com construir e destruir torres e conceitos q temos sobre ele. Hoje ele seleciona o que come. Hoje ele diz que não. Faz manhã. Faz birra. E no caos que isso provoca em mim eu penso: Expresse! Como eu n pude! Como n me permitiram. Como talvez tentem te impedir. Mas eu estou aqui e juntos vamos encontrar nosso distanciamento e reconexão mas eu NUNCA VOU SEIXAR DE TE AMAR e de pensar QUE VOCÊ É MINHA PESSOA PREFERIDA NO MUNDO.


segunda-feira, 24 de março de 2025

Tentando me encontrar…

Treino de musculação.

Banho ouvindo música.

Áudios com amigos trocados com mais frequência.

Retomada do Instagram profissional.

Uso de hidratante diário.

Cuidado com a minha conta, contendo um pouco os gastos.

Plano de ver amigos mais vezes.

Tentativas de topar sair mais com o Cá, sem reclamar ou temer…


Ele me cura…

 A primeira torre de pedaços de madeira.

As primeiras histórias que ele conta da escola.

Hoje ele apaziguou minhas angústias… e nem desconfia.