segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

32º dia: Coisas que aprendemos quando "moramos fora"!

Via facebook, tive contato com estes texto do blog de Josie Conti. Ele traduz muito das minhas vivências quando saí de casa. E algumas das vivências que tenho acompanhado o Carlos viver nesses 32 dias...
12 coisas que somente as pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão! ;)

Nas cidades do interior como a minha, é normal que os jovens saiam de suas casas para estudar fora e cursar uma universidade.
A partir daí, os anos fora e depois as oportunidades de emprego que surgirão por seus caminhos muitas vezes oferecerão diferentes perspectivas às suas vidas e morar na cidade em que cresceram talvez não seja mais a melhor opção.
Abaixo, conheça 12 coisas que somente pessoas que saíram de sua cidade natal entenderão.

1. Você aprende muito sobre a vida.

Não há nada melhor do que mergulhar fora de sua zona de conforto para fazer você perceber que você, independente da idade, é um novato na vida.

2. Você encontra pessoas inesquecíveis.

Morar em um mesmo lugar promove segurança e pode proporcionar relações sólidas e profundas. Entretanto, conhecer gente nova (pessoas que vieram de lugares diferentes e tiveram experiências de vida até opostas das suas) fornece uma visão mais ampla de diferentes realidades, possibilidades de vida.

3. A vida não é estática

 Aventurar-se faz o coração se sentir revigorado e novo outra vez. 
4. Você tem que tentar coisas novas.
 É tudo sobre se meter em situações novas e transformá-las em experiências surpreendentes. Quando você estiver em lugar diferente, posturas diferentes serão tomas por você- mesmo que não queira.

5. Você encontra o valor em se perder.

Realmente! Se perder em uma cidade, em seguida, passear. Já aprendi a dirigir em cidades simplesmente me perdendo por elas. Eu tinha que ir a um lugar e me lembrava que já tinha me perdido por aquela região.
Outra coisa deliciosa quando você se perde, é descobrir onde ficam alguns lugares que você nem imaginava como encontrar.

6. Você pode redefinir a relação que você tem consigo mesmo e até com os outros.

Todo mundo precisa de um tempo sozinho e mudanças de cidade podem promover isso. A distância e algum tempo sem as companhias habituais permite que valorizemos mais quem gostamos e tenhamos momentos mais construtivos com elas, quando as oportunidades permitem.

7. Você aprende a falar com as pessoas

Ah, a “ocasião faz o monge”. Mesmo os mais tímidos precisam aprender a se virar em locais diferentes.

8. Você fica menos preconceituoso (a)

Morar fora permite conhecer coisas novas e ter contato com mundos e pessoas diferentes. Ao conhecê-los, ao invés de temê-los e evitá-los, você perceberá que eles só têm a somar. Preconceito é fruto de ignorância e medo.

9. Você desenvolve confiança.

Depois de se adaptar em lugares diferentes, você começa a perceber como você é inteligente. Afinal, você chegou ao seu destino, se acomodou, pediu ou aprendeu a fazer comida e, de alguma forma, fez isso através de uma nova experiência. Você é muito engenhoso!

10. Você descobre que pode ser livre como os pássaros

Você é o capitão do barco, você é seu próprio guia, seu próprio patrão.Toda decisão que você faz é sua assim como as consequências dela. 

11. Você descobre que todos nós somos um só povo.

Não há nada como se mudar ou viajar para fazer você perceber que , onde quer que você esteja, você desenvolverá laços afetivos e passará a se preocupar com pessoas diferentes, e, a parte boa: elas também se preocuparão com você.

12.Voltar para cidade natal será maravilhoso

Rever os amigos, a família e os velhos cenários é algo indescritível para quem mora fora. Do cheirinho da comida a maneira como o clima impera naquela região, tudo tem o seu toque particular e você perceberá que, mesmo que não queira mais viver lá, aquilo faz parte de você.

FIM!!!

AH!!! Fim nada, fica aqui o convite para visitar o blog da Josie clique aqui e vá até ele! Tem um monte de outros textos interessantes dela!!! ;)


Outro AH!!! FALTAM APENAS 6 DIAS PARA A PRIMEIRA VOLTAAAAAAAAAAAAAAAA!

domingo, 14 de dezembro de 2014

24º dia

Depois do post pesado... me veio a cabeça uma idiotice...

Eu estava achando que estava na pior... mas isso não é nada, perto das bailarinas do Silvio Santos que ficam dançando com plaquinhas da Jequiti na mão... Afff!!!

sábado, 13 de dezembro de 2014

23º dia: Quando o sábado pesa...

                                                             
                                          
Desde a ida do Carlos, os sábados mudaram de cor.
O fim de semana aguardado, os feriados prolongados ou os domingos de manhã perderam a graça.
Minha intenção nunca foi fazer deste espaço algo pesado.
Mas também não era minha intenção mentir.
E preciso reconhecer...
Hoje, especialmente, neste sábado, ou melhor neste fim de semana...
Ficou pesado suportar a distância...
O dia amanheceu nublado mesmo com o sol lá fora...
Um aguardada sábado demorou a passar... passou lento... chato...
O computador preenche, parte da falta, mas há uma outra parte com a qual vou ter que aprender a lidar e esta não é suprida pela tecnologia...
Hoje ficou pesado.
Não comentei nada com o Carlos...
Porque não há nada que possa ser feito.
Não há nada que possa ser feita à distância.
O problema é exatamente ela: a distância.
Chorei... ridiculamente ouvindo Fábio Jr. no Faustão.
Chorei porque descobri que tirei o Carlos no amigo secreto da turma... 
Engraçado, queria tirar ele...
Acho que pra ter a oportunidade de dizer o quanto eu o amo.
E o quanto percebi o tamanho do espaço que ele ocupa na minha vida.
Dentro de mim...
Porque hoje, parece que essa espaço vazio pesou, o silêncio gritou e eu me senti só.
Como há tempos não me sentia.
Hoje foi difícil segurar...
Hoje a saudade veio morar comigo e com a Paçoca...
Hoje não foi fácil.
Não está sendo.
Não está.
Faltam... 14 dias pra primeira volta.
E 177 dias para a volta definitiva.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

21º dia: Vivendo e aprendendo!



E conversando com o Carlos, ouvi ele dizer que precisava desligar porque iria "montar o sofá"! 
Pois é... Já imaginei algo tipo isso...

Carlos perdido em meio às instruções! E o melhor, martelando dedos, prendendo dedos no meio das peças do sofá. E imediatamente mandei a piadinha: Liga pra sua mãe, querido!?


E continuei... "Terceiriza esse tipo de serviço! Ela deve conhecer alguém que monte móveis aí, ela conhece todo mundo! Não não! Melhor liga pro seu tio. Ele vai montar pra você! rsrs" 
E a cara dele, foi inicialmente a do Doguinho abaixo...


E depois, ele fez uma seleção de palavras impronunciáveis num blog de família e uma lista que nós frequentemente exercitamos um com outro, mais por sarro do que por briga ou seriedade. 
O fato é que tem uma série de coisas que Carlos, inevitavelmente está tendo que fazer e eu? Tô adorando! rsrsrs

1. Comprar comida e decidir o que comer em pelo menos três horários diferentes...
2. Pensar pra pedir ou comprar comida, porque tudo o que compra exige um raciocínio normal mas em inglês!!! :D
3. Comprou escrivaninha e precisou levar a escrivaninha desmontada para casa.
4. Montou a escrivaninha, mas se deu conta quando chegou em casa que precisava de ferramentas.
5. Pediu ferramentas emprestas... pros vizinhos... inves de discar e pedir para alguém familiar...
6. Montou o sofá.
7. Tem que se virar com os mapas da cidade (em viagem, essa tarefa é sempre minha...)
8. Este item é desdobramento do aprendizado anterior, Deus ajude que ele desenvolva condições para seu GPS pessoal, aquele que te sugere ir para a esquerda - mesmo que você esteja perdido! E você realmente tem que ir pra esquerda. Acredite o GPS dele não funcionava até então. Se ele mandasse a gente ir para a esquerda, podíamos ir pra direita que dava tudo certo! rs
9. Tem que pedir e aceitar ajuda de estranhos.
10. Ouvi ele dizer "PRECISO FAZER AMIZADE". Necessidade nunca sentida em quem sempre morou em sua cidade natal!
11. Limpou a casa, não que não limpasse no Brasil, mas aqui havia sempre outras possibilidades: faxineira, ignorar a bagunça e ir pra casa, pedir para a D. Silvia chamar a faxineira!

E eu espero que essa lista não se esgote... Que ela aumente, como aumenta para todo mundo que mora fora. E no caso dele em modo hard: outro país, milhas de distância, outra língua e SOZINHO MEEESMO.
Ah! E fiz a lista, não só por zueira, mas porque me causa orgulho, acho que são aprendizados importantes que farão do namoradão, alguém melhor!! Mas confesso! EU CONFESSO! Tudo isso muito me diverte!


Faltam 179 diiiiiiiaas!!! 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

13º dia: Duas vidas, mas com alguma coisa em comum!


                                                                                                                       

Hoje foi dia de experimentar algo novo nesta aventura a dois e com muitas milhas de distância.
Carlos, assistiu à uma aula na Universidade onde está fazendo o doutorado.
E eu... dei provas de segunda época na faculdade onde eu trabalho.
O horário reservado à conversa via skype... era o horário da aula dele.
E combinamos... Que hoje não conversaríamos.
Foi diferente.
Mas é interessante que é nesse espaço de confiança que as certezas aparecem.
Não falei com ele, mas isso não significa que ele não estivesse presente.
Nas conversas, na minha postura... no pensamento.
E acredito que ele tenha vivenciado o mesmo.
Certo mesmo, estava Rubem Alves. 
O vazio da presença do Carlos me dá a certeza de que ele existe mesmo na ausência, mesmo no silêncio, mesmo no vazio da saudade... 
Saudade é fato. Mas foi lindo vermos que conseguimos ser felizes de forma independente e ter a certeza de que ficamos juntos não por inércia, dependência, necessidade... mas por vontade e desejo.
Muito bem Sr. Rubem Alves... o senhor sempre esteve certo!!       
                                                                                                          


 A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas, precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário; pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade..."
Rubem Alves

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

12º dia: Ah! A adaptação!

Décimo segundo dia...
E Dezembro, mês de número 12 (nossa!) começou com notícias difíceis. 
Grandes amigos meus, tiveram perdas.
Carlos de longe, acompanhou um pouco do impacto via face.
Mandou inbox, tentando estar perto - mesmo que longe - dos amigos.
E hoje o dia não começou fácil pra mim... 
E pro Carlos tb não.
Mensagens de saudade. Se referindo a saída da "zona de conforto".
A noite (viva o skype!) mais expressões de cansaço e dificuldades própria da adaptação.
Reclamou, chorou, pediu mudança de sala no inglês.
Reclamou horrores da língua, da sala, dos colegas de sala, do mundo...
Estava chateado.
Ouvi, ouvi, ouvi...
Esperei ele se acalmar...
Contei algumas coisas sobre meu dia...
Depois quando ele ia iniciar a sessão reclamação.
Impedi! 
Às vezes a gente sente pena da gente mesmo. E isso dá mesmo vontade de chorar.
Mas mesmo chateados a vida segue a diante.
E esse foi o caminho por ele escolhido, então o incentivei a trilhar.
Quanto a mim, um raciocínio tem me ajudado:
Não posso passar pelo Carlos as dificuldades pelas quais ele terá que passar.
Posso acompanhar. Mas não resolver por ele.
Esse processo de sofrimento e adaptação gerarão um novo Carlos, e isso será bom pra ele e pra mim.
E amanhã fica tudo bem.
Ele assistirá uma aula do prof. dele lá: o Michael (um Freud pós moderno... mas um Freud! rs)
E eu trabalharei e muito aqui... amanhã o dia no Brasil começa as 07:30h da manhã e termina às 00h!
Falando nisso... Tô indo a-go-ra pra cama!!!
Boa noite.

domingo, 30 de novembro de 2014

10º dia: Nem tudo são flores

Sabe aquele casal, fica tooodo meloso no facebook, trocando juras de amor abertas ao mundo?
Aqueles que vivem dizendo o quanto se amam e matando quem está solteiro, quem está apaixonado e não é correspondido, quem está se separando, se sentir um lixo e morrer de inveja? 
Sabe!? Pois é, todo esse amor, não existe! rsrs
 Este casal ou está idealizando a relação, ou seja, vivendo um outro e uma relação que não existe de fato ou então ele está forçando a barra, as coisas não estão bem e pra não acabar de vez rola esse "amor"... ou qualquer outra fuga do tipo.
O fato é: amor existe. Produz uma sensação de bem-estar e completude, mas ninguém tem namoro, casamento ou relação PERFEITA.
Há brigas, problemas, desconfortos, desentendimentos numa relação amorosa. Ainda mais quando ela é verdadeira e sincera.
Pois é! Hoje foi meu dia de desentendimento. Pense na equação

Fim de ano 
+ cansaço 
+ namoro à distância 
+ necessidade absurda do Carlos de driblar a saudade/solidão usando o facebook 
+ probleminhas básicos pessoais meus e dele que teríamos ele estando aqui nos EUA ou Afeganistão

É igual aaaaa??????? 


Só pra ir treinando o inglês e entrando na vibe!
Pois é. Hoje a coisa foi feia.
Pois acrescente aos fatores acima, você estar a 08 dias da sua menstruação! 

Bom. Temos conversado frequentemente! Durante a semana todos os dias, mesmo que isso diminua as minhas constantes 05 horas de sono por noite (sim! c-i-n-c-o horas) para 04... 03h e 30 min. 
E isso foi cansativo, mas procurei refletir sobre a necessidade disso para ele neste primeiro momento de adaptação.
Mas... esse fim de semana, depois de uma sexta com longas horas de conexão e de um sábado com muitos afazeres domésticos (estou sem faxineira, porque preciso economizar para viajar pros EUA não se esqueça!) fiquei irritada. 
Desliguei o computador e chorei. 
Nem escrevi no blog porque ia inundar o notebook.
Lembrei de uma amiga que me disse: E quando você tiver muita saudade, chora mesmo, que ajuda a melhorar. Levei a sério o conselho.
E chorei! CHOREI MESMO! E muito.


Senti, o inevitável: raiva do mundo, do Carlos, de mim, pela viagem, por estar sozinha.
Por ter que embarcar nessa fase (que fase!) por conta de um desejo que não é meu.
Hoje de manhã, já acordei arrebentando.
Colocando Carlos na ordem do real.
Disse que estava de saco cheio de tanto facebook com câmera.
Que tava me sentindo responsável por ele não se sentir só e é ele quem tem que enfrentar tudo isso. Não eu!
Arrebentei.
Em seguida, aceitei o convite de amigos queridos pra almoçar e sumi!
Horas desconectada. Como precisava.
Chegando em casa, três mensagens com: Dani? Cadê você!?
Aí decidi falar a real de novo via webcam.
CHOREEEEI!!! E reclamei.
Dele, de mim, da vida, e dos outros problemas que ando enfrentando, desde antes dele ir.
Problemas dos quais ele não tem culpa alguma, mas teve que ouvir.
Assim como eu não sou responsável pela solidão e insegurança dele e tive que ouvir.
Reclamei
Reclamei
Reclamei... (quando ponho reticências neste caso é porque vou cansar de repetir a palavra!!)
E no fim me aliviei...
Carlos reconheceu que andou pesando, mesmo sem perceber.
Na verdade o período de adaptação é uma treva mesmo.
Mas eu não posso assumir a parcela de 50% dessa adaptação.
E meu erro e o dele foi achar que teríamos que dividir isso.
O fato é que também preciso de colo virtual.
Mesmo sentindo que isso não é o mesmo que o real.
E disso eu já sabia, há tempos.
Mas o Carlos descobriu agora.
Enfim... o aprendizado deste dia foi o mesmo de sempre: vale a pena falar o que incomoda.
Xingando e mal dizendo. 
Porque senão não seria eu. E ele, como meu namorado tem que entender.
Assim como tenho que entender as fragilidades e insanidades dele.
Isso não tem nada de amorzinho, perfeitinho, ok!?
Isso aqui é UFC, vale tudo! Vida real! 
Se quer um romance tipo novela ou comercial de margarina muda de blog.
Porque especialmente hoje tô p... da vida! rs
Quem sabe amanhã acorde melhor.
Se bem que sendo quase duas horas da manhã e sabendo que acordarei às 07:20 para trabalhar... dormindo 05h e 20min. SINTO que posso acordar de mau humor.
DEUS tenha compaixão dos seres que trabalham comigo! rs

Bjo. Até outro dia! 
Porque agora... só faltam... 190! 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

7º dia: Questionamentos saltitantes...


Carlos conversou comigo pela internet, como temos feito sempre.
Mas algo estava diferente.
Hoje é Ação de Graças nos EUA e ele foi a um almoço tradicional com o orientador e outras pessoas do Campus. 
Mas não estava muito feliz!
Estava preocupado, tenso, cansado do inglês e angustiado.
Sabe aquele momento da vida em que você percebe suas escolhas e pensa: será que estou fazendo certo?
Na verdade o questionar-se, na vida, é fundamental. Pelo menos pra mim.
E lá estava ele, como se fizesse um check list virtual e quisesse meu ok em cada item:
Fiz certo de vir né!?
Fiz certo de optar por isso, né?!
Isso me trará bons trabalhos, né!?
Isso fará um bem ao meu futuro, né?!
Na verdade não vejo um futuro. Vejo um bem danado pro presente.
Fazer as malas, enfrentar o desconhecido, a solidão, a si mesmo.
Enfrentar a distância das pessoas queridas, do tempero de costume, dos lugares familiares.
Sair da cidade natal. 
Língua nova, casa nova, cidade nova, pessoas novas, college novo... tudo novo pra ser explorado.
O que isso tem de bem ao futuro?
Que fique guardado no futuro até virar presente e ele desembrulhar.
Agora... no presente, já tem um monte de coisa legal.
Experiências novas, que vão do simples escolher o que comer até o escolher como viver esse período.
Isso pra mim é fundamental.
Deixei um namorado no aeroporto. E acredito buscar outro, diferente em mil coisas, mas com a mesma essência no retorno.
A mim... Só restou reafirmar que do futuro pouco sei, mas que estava feliz e tranquila com o presente.
Mas ao mesmo tempo estou muito cansada.
Resultado das conversas que buscam vencer o fuso horário mas que dificultam o acordar as 6:20 da manhã, o trabalho a tarde e a rotina das aulas na faculdade a noite.
Tinha pouca energia para dizer qualquer coisa.
Tentei.
Mostrei fotos da confraternização que fui e que parou. Sim! 18 pessoas, entre suculentas picanhas pararam quando passou a reportagem da Ação de Graças Americana e sorriram, dizendo: Será que o Carlos vai aparecer, Dani?!
Eu na confraternização! 
Meu coração doeu.
Pela primeira vez, pesa mais a saudade que a leveza de vê-lo realizando um sonho. 
Mas esse peso é pequeno. Bem pequeno. Não é maior que o desejo de acompanhar o Carlos nessa aventura. 
É. Ele estava na Ação de Graças.
E eu estava cheia de Graça no amigo secreto do trabalho.
Posso ser feliz, porque embora hoje haja dúvidas.
Ele também está agarrando a possibilidade de viver a maior e mais diferente aventura da vida dele.
Mesmo vendo-o triste. Estou em paz. Afinal está tudo bem. Tudo muito bem.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

AAAAEEEEE!! "Olhaí"!

05 de julho de 2014

Meu namoro sobreviveu ao intercâmbio!

A saudade, a distância, as novas experiências... Conheça histórias bem legais de casais que superaram tudo isso e ficaram juntos e bem depois da viagem!

Faça as contas. Quantos casais você conhece que eram super felizes juntos, mas que se separaram antes, durante ou depois de um intercâmbio? É difícil mesmo: a distância, a saudade, as novas experiências…
Mas quem disse que tem ser sempre assim? A gente aqui do 4Teen conversou com alguns casais que podem afirmar com orgulho: “O meu namoro sobreviveu ao intercâmbio!”.

Camila e Eriksson

Camila Machado ficou seis meses na ilha de Malta (lá na Europa, pertinho da Itália) ano passado pra estudar inglês. O namorado, Eriksson, ficou no Brasil. “Foi difícil porque a saudade era grande, antes da viagem nos víamos todos os dias. Mas nada que fuja do normal, afinal, saudade é sintoma bom do amor”, diz.
Eriksson&Camila
E o amor, durante esses meses separados, se fortaleceu. Segundo ela, o intercâmbio fez a relação mudar sim, mas pra melhor. “Hoje moramos juntos e temos planos em comum. Viajar é um deles”.
Cadeados-Camila-Eriksson-Paris
E pra se você acha que quem viaja namorando aproveita menos o intercâmbio, Camila discorda. Pra ela, um bom relacionamento aprecia as conquistas da outra pessoa, mesmo à distância. “O segredo é sempre confiança e respeito ao espaço do outro. Se há confiança, não há ciúme, e se existe respeito à individualidade, a relação respira”, acredita.

Lugui e Polly

Luiz Guilherme Rodrigues Benvenho, o Lugui, ficou um semestre estudando na Universidade Estadual de San Diego, na Califórnia, Estados Unidos. Depois de três meses sozinho, ele recebeu uma visitinha especial: sua namorada, Polly, foi estudar inglês em outra universidade da cidade e eles puderam ficar juntos até o fim do intercâmbio.
“Foi muito proveitoso viver com a pessoa com quem quero passar o resto da minha vida em um local culturalmente diferente do Brasil, pudemos aprender muito e fortalecer nossa relação”.
Lugui&Polly
Mesmo enquanto estava sozinho, Lugui fazia questão de compartilhar com ela todas as festas e lugares que conhecia. “Quando você tá num lugar diferente, é muito comum ver as pessoas se desapegarem de tudo que as remetem ao Brasil, inclusive da família e da namorada. No meu caso, nunca deixei de conversar com a Polly, de me preocupar com ela: nos falávamos todos os dias por Skype e algumas vezes até mesmo por telefone”.
Lugui-Polly-banco-estatuas
Um momento em especial ficou marcado na lembrança de Lugui: “eu estava em Los Angeles, na praia de Santa Mônica, e tava rolando um por do sol maravilhoso. Na hora, liguei pra Polly e compartilhei minha alegria daquele momento, tirei fotos e enviei pelo celular. A conta do telefone ficou bem cara, mas o amor ficou bem forte” <3
Para Polly, nem parecia que eles estavam a quilômetros de distância. Era como se só tivessem passado o dia separado, porque à noite eles conversavam “face a face” pelo computador e compartilhavam o dia. “E quando voltamos para o Brasil, não houve mudança no nosso namoro. Não em relação ao sentimento e respeito que tínhamos um pelo outro. O que mudou foram nossas vidas. O intercâmbio propicia muitas possibilidades profissionais, além de ser uma experiência de vida fantástica”, comenta.
Lugui-e-Polly-beijo
E aí, convencida de que o intercâmbio pode até melhorar o seu namoro?  ;)

A fonte: um site chamado 4teen: Link do site fonte!

sábado, 22 de novembro de 2014

2º dia: continuam listas mentais

Continuo nas contas mentais pensando o que pode estar acontecendo no dia do Carlos.
10h no meu relógio brasileiro é indicativo de: muito cedo pra mandar wtsp.
Na verdade passe a manhã temendo que os wtsps do nosso grupo: Phamylia, ou mesmo do grupo da minha família... o acordassem.
Acordar às cinco da manhã em país estranho não deve ser nada fácil, pensei.
Passei o dia fazendo listas mentais que começavam com: não deve ser nada fácil.
Não deve ser nada fácil acordar num sábado a -4ºC
Não deve ser nada fácil não ter com quem almoçar num sábado.
Não deve ser nada fácil depender de redes sociais pra ter contato com quem se gosta.
Não deve ser nada fácil ter q estudar o caminho do restaurante mais próximo.
Isso foi me preocupando...
Mas quando o Carlos acordou já estava há horas acordada.
Já havia ido com meus primos à exposição do Ron Mueck (impressionante! diga-se de passagem).
Já estava tomando um big de um café da manhã... daqueles de encher o prato: ato que morro de vergonha quando Carlos executa e lá estava eu, orgulhosa, peito estufado e barriga também (risos) com pratinhos lotados de tortas, honrando o ato que o Carlos executaria! rs
E ele estava bem.
Refere "saudade que transborda" mas tava bem.
E eis que compreendo que a lista mental do "não deve ser nada fácil" na verdade se aplica a mim.
Isso deve ser efeito do fato de saber que amanhã eu terei que enfrentar o apartamento frio (não pelo clima!), o almoço indefinido dos sábados, a necessidade da rede social e o estudo não do restaurante mais próximo, mas de alguma companhia.
Amanhã é a volta à realidade.
Isso me acalma... pq já cansei de viajar...
Sinto saudades da Paçoca.
Mas amanhã é dia de me ouvir, me enfrentar por longos 500km no caminho de volta à Marys.
É chegada a hora de me encontrar.
Mas isso é só amanhã... E agora... faltam 198 dias.
E escrever isso com a subtração de dois dias me faz exclamar mentalmente: olha só! -2!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Primeiro dia: paz... paz?

Somos seres mutantes certo?
Mudamos de casa, de roupa, de relacionamento, mudamos de humor.
Mudamos no decorrer do dia.
E eu uso e abuso dessa possibilidade... Me refiro à possibilidade de mudar de humor.
Em geral sou engraçadona... mas perco fácil as estribeiras e me transformo.
O dia hoje foi de acordar de bom humor, pensando no quão surpreendentemente estava bem.
Deixei meu namorado em Guarulhos debaixo de lágrimas cuidadosas (vide post da partida).
E acordara bem.
Bem de hora em hora... fazendo contas mentais para adivinhar que hora Carlos tinha chegado à Salt Lake.
Acordei às 07h: Horário de trabalho! ok! Sou uma mulher segura e independente... não tenho problemas com distância!
Acordei às 09:30: horário de... horário do quê mesmo? De checar o celular e fazer conta mental, de que hora ele chegaria...
Acordei às 10:00h: caramba! Chega 14h, chega o Natal, chega o título do Palmeiras da série A,  mas não chega 12:00, horário de pouso do vôo!
Aproveitei da oportunidade de estar na minha prima, e fui papear.
Deu 12:00h. Ufa!
Um google, pra checar se não havia nenhuma tragédia com a Delta Airlines...
Ele chegou.
E dá 13:00h... 14:00h... 15:00... vou pular a descrição das horas, poupá-los das conversas desenvolvidas no almoço na minha tia e vou direto para o PUTA QUE P%$#* porque esse menino não manda notícias!?...
Eis que quando esqueço.
(Acho que tudo acontece na vida de uma mulher quando ela esquece... o namorado chega, o emprego também, a menstruação desce quando esquece o absorvente...) Enfim!
Ele no wtsp!
Feliz, conhecendo a faculdade! Alívio.
Mais a noite a primeira conversa por face...
Conheci o apto.
Eu e minha leve claustrofobia... nos sentimos abaladas, quando vivemos o baixo pé direito do local onde ele irá morar... por 200 dias...
Mas... tudo bem...
Ele tá bem... bem cansado... bem sonolento... mas tá tranquilo.
E eu estava em paz...
Mas o prenúncio do fim do fim de semana...
E a possibilidade de voltar pra casa sem ele...
E saber que serão 200 dias...
Já mudam o meu estado de humor, estado de espírito... o meu estado mulher moderna me viro bem sem o namorado.
E eu que acordei em paz... que fiquei ansiosa... que me tranquilizei, agora me sinto levemente tensa a respeito do meu futuro próximo sem ele.
Mas tudo bem né!?
Qualquer coisa, a gente conversa com o blog e dá tudo certo!
Agora vou dormir... só faltam... 199 dias!

A proposta!

A proposta deste blog é fugir do desespero! rs
Eu uma leonina com ascendente em peixes, vivo num misto de ser aparecida e confusa.
E daí resolvi compartilhar meu processo de evolução espiritual com vocês, sendo aparecida... publicando esse "diário" na internet meu lado pisciano ou seja confusa.
Tenho 30 (ops!) 31 anos!
Sou psicóloga (o que acredite, nem sempre ajuda no controle do ego nem na organização das confusões!) e estou aqui, humildemente transformando em piada, o que já foi (ou pode voltar a ser) a maior dificuldade dos meus últimos tempos: Meu namorado, também 31 anos, workaholic, administrador, foi fazer doutorado sanduíche nos Estados Unidos.
E a minha ideia é ocupar os meus dias...
Mais do que já são ocupados (cerca de 56 horas entre trabalho, percurso do trabalho e aulas do doutorado semanais!) para tentar não sentir falta do Ca!
ok! Não precisa dizer que sentirei falta do mesmo jeito.
Eu já sei. Meu superego sempre me conta verdades, aliás, normalmente piores do que de fato são.
Minha terapeuta, também já avisou sobre... mas ele me conta com jeitinho!
Mas, não custa tentar né!?
Ah! Não pretendo ajudar ninguém.
Minha pretensão e é chegar aqui, no fim desses... 200 dias... voltar aqui e descrever como está sendo a minha viagem... com ele.
E dizer passar de: I will survive to I was survive!
Bem vindo ao meu confuso infinito particular.
Porque se pra você 200 dias é pouco. Pra mim é uma eternidade!