Sempre ouvi histórias e participei de histórias em que um amigo ou amiga se apaixonava e sumia. A resposta era simples a namorada ou namorado não gostava de alguém da turma e pronto a distância estava posta.
Nunca gostei disso. Sempre tentei fazer o contrário, embora as vezes sei que também falho nisso, mas não uma falha definitiva, são pequenas ausências.
Mais pela correria que pelo Carlos.
O fato é que os amigos que temos sustentam a vida da gente.
Sustentam no sentido de aguentar ou nos fazer aguentar e sustentam no sentido de dar consistência a vida e à gente, quando fazem a gente e a vida ser interessente, engraçada ou triste, quando a gente divide com amigo o sofrimento. Amigos agregam mil valores diferentes.
Sou faladeira e minha fala tem resquícios da fala dos meus amigos, palavras e expressões engraçadas ou sérias, crenças e opiniões. Minha vida antes e durante a presença do Carlos é repleta de sons, histórias e ritmo dos meus amigos. Foi com eles que cheguei ao Carlos e estou com Carlos.
O Carlos também. Tem uma história de amizades e amigos fiéis, de quem traz manias, falas, aprendizagens.
Foram eles que estiveram com ele em momentos que não estava.
A diferença é que eu sou de muitos amigos, e ele mais restrito.
Eu sou mais aberta ele mais contido mas temos amigos e isso é fundamental pra ele e pra mim. E não foi nosso encontro na vida que diminuirá a importância deles e permitirá a ausência.
Além disso, sou adepta do quanto mais amigos melhor rsrsrs
E nestes anos de namoro fui colecionando pessoas que não eram da minha vida, mas da dele. E o inverso também é verdadeiro.
E o grupo dele de pesquisa adicionou pessoas a minha vida.
Vinícius, Agnaldo, Natasha, Elaine, Willian (que trabalha no mesmo setor que eu eu nem sabia!), Natália, Cassia, Martha, Osvaldo... Nomes que não estavam na minha vida e hoje estão e me divirto estando perto, conversando, aprendendo, jogando conversa fora.
Hoje foi dia de feijoada na Martha. Dia de casa cheia, conversas e risadas.
Foi um dia feliz. Que não teria se fosse uma daquelas namoradas chatas que odeia de antemão quem não conhece, quem tem proximidade com namorado.
Acredito que isso tenha causa: insegurança, ciúmes (que pra mim, as vezes cai na conta da insegurança), medo, timidez, chatice aguda, rigidez, preconceito, projeção, sei lá. Isso é jogar porto outro dificuldades que estão dentro da gente.
Ah vá!
O mundo é maior e a gente tem que ir para além dos nós que estão dentro da gente!
E quanto mais gente, mais histórias e consistência a vida tem. Convivência é exercício, ver, respeitar diferenças também é.
Tô aqui colecionando vida e pessoas nesta existência.
E que seja sempre assim.
PS.: fotinha do dia de hoje! =)
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