Há dias em que é preciso, necessário é útil S-U-R-T-A-R!
Hoje foi esse dia.
Estamos organizando a vinda do Carlos para o apartamento que é nosso, mas que ele vem ocupando aos poucos.
Ele está às voltas com a vinda, mudança, caixas, coisas e ansiedade.
Ele está a pleno vapor.
Ontem me fez levantar duas vezes da cama, pra explicar cuidadosamente as mudanças que fará com a vinda das coisas dele.
Levantei, ouvi, vi, e caminhei pra minha cama.
Sem me dar conta de que esse processo é difícil pra ele ou pra qualquer outra pessoa.
Hoje o combinado era fazermos uma tarefa casamenteira.
Ando cansada por mil motivos, que também incluem os preparativos pro casamento.
Carlos saiu pra trabalhar, voltaria as nove e sairíamos pra cumprir a tarefa.
Dormi, e quando acordei, tomei banho, me vc arrumei, e ele já me esperava.
Entrei, cara feia, não parecia no clima do que iríamos fazer. Um programa leve.
Perguntei o que era assim, que organizei, rapidamente o pacote que íamos entregar.
Cara feia.
Perguntei: O que foi Carlos?
Isso startou um surto coletivo!
Eu, todas neuras que me habitam e ele é todos os eus neuróticos que o habitam.
Discutimos feio.
Numa sequência que nem sei - ou por preguiça de escrever - explicar.
Surtei! Gritei! Carlos gritou!
Decibéis elevados! Dois loucos pedindo por socorro!
Pára esse carro, para a merda desse carro, gritei!
Esbravejei: você estraga tudo!
Só ele né!?
Eu faço tudo certo! Uhum!
Ele também lançou acusações!
Algumas reais outras nem tanto.
Pulmões a mil, viu!?
Somos bons pra brigar!
Até que Carlos na sua sabedoria, verbaliza, coloca o surto em palavras: vivemos um momento muito legal!
E isso é difícil!
Aaaah vá! Ser feliz dá mais medo que sofrer, gente!
Sofrer nos dá a sensação de que uma hora fica bom. De que vai passar pra melhorar. Agora, ser feliz parece ser prenúncio de que se passar, vai ser ruim. Muito ruim.
Ficaremos a ver navios.
Dá medo.
Vivo esse medo.
Vivo esse risco.
Carlos também.
E é difícil, gente!
E os berros: dele, meu, nossos, ao mesmo tempo, como dos surdos, expressavam a dificuldade que existe quando tudo dá certo.
Quando ele expressou o medo dele. Eu falei sobre o meu. A cena treva se dissipou, e aquele que queria ver na fogueira, com o cu pegando fogo, me lembrou: que sorte, ele me dá motivos mesmo depois de uma briga a acreditar que ele é o cara! O cara da minha vida.
Que bom, que medo.
Porque brigar, quando permite desconstruir é bom!
Quando a briga nos faz abrir mão das defesas é bom.
Se faz a gente se abrir, é bom também!
Não é ruim. Quando não é destruidor!
A gente briga muito. E é isso, que hoje faz dar certo, nos mantemos eus, pra ser nós.
Nos abraçamos. Choramos. Tentamos nos assegurar... E... Saímos com o carro!
Partimos pra vida.
Com medo, felizes e juntos.
Hoje foi esse dia.
Estamos organizando a vinda do Carlos para o apartamento que é nosso, mas que ele vem ocupando aos poucos.
Ele está às voltas com a vinda, mudança, caixas, coisas e ansiedade.
Ele está a pleno vapor.
Ontem me fez levantar duas vezes da cama, pra explicar cuidadosamente as mudanças que fará com a vinda das coisas dele.
Levantei, ouvi, vi, e caminhei pra minha cama.
Sem me dar conta de que esse processo é difícil pra ele ou pra qualquer outra pessoa.
Hoje o combinado era fazermos uma tarefa casamenteira.
Ando cansada por mil motivos, que também incluem os preparativos pro casamento.
Carlos saiu pra trabalhar, voltaria as nove e sairíamos pra cumprir a tarefa.
Dormi, e quando acordei, tomei banho, me vc arrumei, e ele já me esperava.
Entrei, cara feia, não parecia no clima do que iríamos fazer. Um programa leve.
Perguntei o que era assim, que organizei, rapidamente o pacote que íamos entregar.
Cara feia.
Perguntei: O que foi Carlos?
Isso startou um surto coletivo!
Eu, todas neuras que me habitam e ele é todos os eus neuróticos que o habitam.
Discutimos feio.
Numa sequência que nem sei - ou por preguiça de escrever - explicar.
Surtei! Gritei! Carlos gritou!
Decibéis elevados! Dois loucos pedindo por socorro!
Pára esse carro, para a merda desse carro, gritei!
Esbravejei: você estraga tudo!
Só ele né!?
Eu faço tudo certo! Uhum!
Ele também lançou acusações!
Algumas reais outras nem tanto.
Pulmões a mil, viu!?
Somos bons pra brigar!
Até que Carlos na sua sabedoria, verbaliza, coloca o surto em palavras: vivemos um momento muito legal!
E isso é difícil!
Aaaah vá! Ser feliz dá mais medo que sofrer, gente!
Sofrer nos dá a sensação de que uma hora fica bom. De que vai passar pra melhorar. Agora, ser feliz parece ser prenúncio de que se passar, vai ser ruim. Muito ruim.
Ficaremos a ver navios.
Dá medo.
Vivo esse medo.
Vivo esse risco.
Carlos também.
E é difícil, gente!
E os berros: dele, meu, nossos, ao mesmo tempo, como dos surdos, expressavam a dificuldade que existe quando tudo dá certo.
Quando ele expressou o medo dele. Eu falei sobre o meu. A cena treva se dissipou, e aquele que queria ver na fogueira, com o cu pegando fogo, me lembrou: que sorte, ele me dá motivos mesmo depois de uma briga a acreditar que ele é o cara! O cara da minha vida.
Que bom, que medo.
Porque brigar, quando permite desconstruir é bom!
Quando a briga nos faz abrir mão das defesas é bom.
Se faz a gente se abrir, é bom também!
Não é ruim. Quando não é destruidor!
A gente briga muito. E é isso, que hoje faz dar certo, nos mantemos eus, pra ser nós.
Nos abraçamos. Choramos. Tentamos nos assegurar... E... Saímos com o carro!
Partimos pra vida.
Com medo, felizes e juntos.
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