Descobri hoje, que tinha várias coisas para entender sobre meu corpo que não havia entendido.
Desde que comecei a tentar engravidar cuidei dois dados do aplicativo com mais afinco, mas também comprei um kit para identificar se estou ovulando.
Meu primeiro app não era bom. Troquei.
O primeiro kit que comprei, não entendi nada dos resultados. Precisei de uma amiga usar as fitas de glicemia da mãe e um pote com chá matte simulando xixi pra começar a entender.
Pensa na minha cara recebendo o tutorial dela, às 9h da manhã pra me ensinar! Não acreditei naquele vídeo! rs
Depois comprei um kit com leitor eletrônico: aí sim Brasil! Mas descobrir quando está perto de ovular não é A SOLUÇÃO dos problemas.
Daí, tivemos que começar uma sintonia aqui em casa e aprender a lidar com essa "ho-ra-marcada-pra-transar" que nunca tivemos.
Depois desisti do aplicativo.
Desisti do teste.
Daí aprendi a ir vendo o muco cervical - busquem vocês na internet como faz - chama método Billings (acho que é isso, não sei porque não sou Drauzio Varella 😅)
E hoje entendi esse tal método, hoje, meses depois e mais, descobri que a tal clara de ovo vem antes da ovulação, ou vai melhorando, ficando mais levinha, liquefeita, quando aproxima a ovulação.
Daí, a noite comprei novo teste de ovulação e aí juntei informações: período + muco + teste + vamos comemorar essa sintonia toda marido! 😅
Daí, qual a sensação de hoje!? Que já tenho que pensar em como vou dar a notícia pra galera, porque pra mim, como diria Ludmilla: É hoje! Ou melhor... Foi hoje!
Tomara!
Esse blog já foi tanta coisa. Lá em 2014 começou como diário pra me ajudar no intercâmbio do meu namorado! Nem imaginava, mas leram meus textos! O namorado foi, voltou, a gente casou, o blog virou diário de dores e delícias do casamento. Mudou de novo pra nomear minha ansiedade pré-gravidez, pós-gravidez. Aí ficou monotemático em: Theo. Assim como a nossa vida! Então, faz como naquele samba: "Entra, se acomoda à vontade! Tá em casa! Toma um drink! Dá um tempo..." e vai me lendo.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
sábado, 30 de novembro de 2019
S.i.n.t.o.n.i.a
Viemos à cidade dos meus pais: Presidente Venceslau. Cidade de ruas de paralelepípedo, luzes laranjadas, pracinhas, igreja matriz, poucos habitantes e hoje, poucos conhecidos.
O plano de hoje: ver Cléo e Pietro, amiga de infância, que desde que se casou se mudaram para Europa.
Vê-los, juntos, é raro.
Última vez foi há três anos.
E como é bom. São horas que são sentido aos anos distantes. Encontro neles uma sintonia rara. Os olhos pretos da Cléo acolhem minha alma. Acalmam minhas angústia desde as ligações adolescentes na madrugada.
O que tanto falávamos? Cheguei a conclusão de que aplacávamos a angústia uma da outra.
A Cléo nem sabia e era minha companheira nas angústias adolescentes que nem sequer contava a ela.
E o Pietro (Pedro ou tio Preto) é o par de olhos azuis que nos traz outro olhar. O olhar estrangeiro capaz de mudar nosso ângulo de visão pro que é mais leve.
Estar com eles é um encontro raro e de amor.
É riso. Planos e vida.
É paz em tempos turbulentos.
É renascer.
sábado, 23 de novembro de 2019
Quando?
Fazia tanto tempo que não vinha aqui...
Por mil motivos. A vida aconteceu e nem sempre é possível escrever.
Vivi coisas indescritíveis de tão boas, que transbordam linhas...
Vivi momentos tristes, tão tristes que optei por não partilhar.
Vivi dias normais. Vivi dias bons. Viajei.
Estou construindo meu casamento dia a dia e aprendo muito com essa convivência.
Hoje, compartilho mais um plano.
A tentativa de engravidar.
Para isso, fiz consultas, exames, tomei vários sustos sobre minha saúde. Já tive medo, já duvidei, comemorei e hoje estou reformulando expectativas.
Todas as idas e vindas pra isso, eu conto outro dia.
Hoje, por hoje, queria apenas pegar por escrito, escorrer em palavras o que muitas, MUITAS, mulheres já sentiram.
Hoje menstruei mais uma vez.
E só queria saber onde está meu bebê ou minha bebê que não vem.
Estou tentando engravidar há poucos meses, já vivi meses em que achei que tinha engravidado (puff!), vivi meses em que nem tentei, mas hoje, com a menstruação na minha calcinha me perguntei: por quanto tempo ainda vai demorar?
O que eu preciso viver, sentir, pensar, entender pra acessar a maternidade?
O que ainda preciso aprender sobre a vida? Para produzir uma? O que eu preciso fazer? O que eu preciso viver?
Que caminhos eu tenho que percorrer?
A cada momento que vivo pelos filhos dos meus amigos, me pergunto: quando viverei os meus momentos?
As pessoas me perguntam?
A família do marido me cobra.
A minha família não diz nada porque nem sabe dos planos. Não quero que saibam, me basta as minhas expectativas sobre mim, estas já me pesam.
Já foram caixinhas de teste de ovulação, teste de gravidez, já voltei sapatinho achando que seria naquele mês, mas onde anda o meu ou minha bebê!?
As pessoas dizem: desencana que vem, e só me pergunto: onde está o botão de desencanar do meu corpo? Ou estaria na minha cabeça?
Como desencanar de um desejo?
Como faço?
De que modo?
São tantas perguntas e hj uma sensação de frustração, que me faz sentir vontade de desencanar. Mas no sentido de não tentar mais.
Por cansaço. Por esgotamento.
Entendo hoje mães que tentam...
Entendo hoje o que significa isso.
Acho que hoje, acessei um lugar nunca acessado na busca por engravidar: o da frustração do não!
Nunca foi doído como hoje.
Hoje eu tô de parabéns pq aprendi que dói desejar.
E ok, que quando tudo passar, como passou o intercâmbio, a volta, os planos pro casamento, a lua de mel, o medo do meu problema de saúde, o susto com exames pré gravidez, a dificuldade com o luto do meu sogro, as primeiras tentativas reais, eu vou dizer sabiamente: cada coisa ao seu tempo. Mas hoje, hoje eu só quero reclamar e perguntar, qual será o meu tempo?
Quando?
Hoje isso parece um enigma que eu não sei responder.
Não sei.
Por mil motivos. A vida aconteceu e nem sempre é possível escrever.
Vivi coisas indescritíveis de tão boas, que transbordam linhas...
Vivi momentos tristes, tão tristes que optei por não partilhar.
Vivi dias normais. Vivi dias bons. Viajei.
Estou construindo meu casamento dia a dia e aprendo muito com essa convivência.
Hoje, compartilho mais um plano.
A tentativa de engravidar.
Para isso, fiz consultas, exames, tomei vários sustos sobre minha saúde. Já tive medo, já duvidei, comemorei e hoje estou reformulando expectativas.
Todas as idas e vindas pra isso, eu conto outro dia.
Hoje, por hoje, queria apenas pegar por escrito, escorrer em palavras o que muitas, MUITAS, mulheres já sentiram.
Hoje menstruei mais uma vez.
E só queria saber onde está meu bebê ou minha bebê que não vem.
Estou tentando engravidar há poucos meses, já vivi meses em que achei que tinha engravidado (puff!), vivi meses em que nem tentei, mas hoje, com a menstruação na minha calcinha me perguntei: por quanto tempo ainda vai demorar?
O que eu preciso viver, sentir, pensar, entender pra acessar a maternidade?
O que ainda preciso aprender sobre a vida? Para produzir uma? O que eu preciso fazer? O que eu preciso viver?
Que caminhos eu tenho que percorrer?
A cada momento que vivo pelos filhos dos meus amigos, me pergunto: quando viverei os meus momentos?
As pessoas me perguntam?
A família do marido me cobra.
A minha família não diz nada porque nem sabe dos planos. Não quero que saibam, me basta as minhas expectativas sobre mim, estas já me pesam.
Já foram caixinhas de teste de ovulação, teste de gravidez, já voltei sapatinho achando que seria naquele mês, mas onde anda o meu ou minha bebê!?
As pessoas dizem: desencana que vem, e só me pergunto: onde está o botão de desencanar do meu corpo? Ou estaria na minha cabeça?
Como desencanar de um desejo?
Como faço?
De que modo?
São tantas perguntas e hj uma sensação de frustração, que me faz sentir vontade de desencanar. Mas no sentido de não tentar mais.
Por cansaço. Por esgotamento.
Entendo hoje mães que tentam...
Entendo hoje o que significa isso.
Acho que hoje, acessei um lugar nunca acessado na busca por engravidar: o da frustração do não!
Nunca foi doído como hoje.
Hoje eu tô de parabéns pq aprendi que dói desejar.
E ok, que quando tudo passar, como passou o intercâmbio, a volta, os planos pro casamento, a lua de mel, o medo do meu problema de saúde, o susto com exames pré gravidez, a dificuldade com o luto do meu sogro, as primeiras tentativas reais, eu vou dizer sabiamente: cada coisa ao seu tempo. Mas hoje, hoje eu só quero reclamar e perguntar, qual será o meu tempo?
Quando?
Hoje isso parece um enigma que eu não sei responder.
Não sei.
Assinar:
Postagens (Atom)