sábado, 30 de novembro de 2019

S.i.n.t.o.n.i.a

Viemos à cidade dos meus pais: Presidente Venceslau. Cidade de ruas de paralelepípedo, luzes laranjadas, pracinhas, igreja matriz, poucos habitantes e hoje, poucos conhecidos. 
O plano de hoje: ver Cléo e Pietro, amiga de infância, que desde que se casou se mudaram para Europa. 
Vê-los, juntos, é raro. 
Última vez foi há três anos. 
E como é bom. São horas que são sentido aos anos distantes. Encontro neles uma sintonia rara. Os olhos pretos da Cléo acolhem minha alma. Acalmam minhas angústia desde as ligações adolescentes na madrugada. 
O que tanto falávamos? Cheguei a conclusão de que aplacávamos a angústia uma da outra.
A Cléo nem sabia e era minha companheira nas angústias adolescentes que nem sequer contava a ela. 
E o Pietro (Pedro ou tio Preto) é o par de olhos azuis que nos traz outro olhar. O olhar estrangeiro capaz de mudar nosso ângulo de visão pro que é mais leve. 
Estar com eles é um encontro raro e de amor. 
É riso. Planos e vida. 
É paz em tempos turbulentos. 
É renascer. 
Que bom. 


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