Eram 14:20 quando atravessei o Cerest correndo. Postura pouco recomendada a uma psicóloga em serviço. Corri pra sala da Leni que atendia uma paciente, agendando exames. O que fazer com meu coração disparado e com a notícia que a tela do meu celular estampava, se não posso dividí-la com a Leni? A sensação era de que não poderia esperar...
Ali, abertos, os resultados dos exames que fizera de manhã a pedido da minha gineco. Tudo ok. Glicemia, hemograma, testes virais e um detalhe: novo beta hcg. Exame hormonal que atesta gravidez e desenvolvimento fetal.
O beta está o dobro do esperado pro período.
Corri pra sala do Rogério. Contei. Ele decidiu buscar na Internet. Fizemos contas de semanas, verificamos valores e rimos. Rimos muito. Em parte felizes e em parte tensos, como se espera quando falamos de uma gravidez dupla.
Estava rindo de nervoso. Quando um desejo seu se realiza, lidar com ele é diferente. Eu que pensei que talvez não conseguisse engravidar, que tive intercorências, que tive medo de demorar a engravidar com fiv, que engravidei de primeira e com possibilidade - que precisa ser confirmada de gêmeos! Só posso me sentir abençoada, duplamente abençoada.
Mesmo com a transferência de dois embriões são outros fatores além dos biológicos que fazem a mágica acontecer. E eu sempre tive temor quanto a isso.
De repente acesso o caminho e estou andando por ele.
À noite, conversando com o Ca, que me respondeu a tarde sobre o resultado do beta com a frase: Vem nenéns!!!
Chegamos a conclusão de que não nos queixaremos caso sejam gêmeos. Que isso é benção e alegria. Que isso nos foi permitido e será bem-vindo. Bem-vindas! Bem-vindos! Que venham!
Vem nenéns!
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