sábado, 21 de janeiro de 2023

Congele o tempo

 Congele o tempo. 

No exato instante em que escuto a gargalhada dele quando digo que ele está fedidinho! No momento em que ele n contem a gargalhada porque do meu colo,  buscou o pai,  com o olhar, cabeça pendendo para a esquerda, na escada do prédio e o encontrou gritando seu nome Thetheeeo!

No momento em que vi ele puxando os potes  de ração e água da Paçoca após rastejar rapidamente pelo chão da sala (cena que achei que ia demorar a acontecer, mas não!). Ou ainda tentando por o dedo na tomada, agarrado a soleira preta da porta como se ela fosse um objeto de grande valor conquistado.

Congelem o tempo no momento em que ele se cansa e pende pro meu lado choroso como se eu fosse capaz de tirar o incômodo dele. No sorriso com a boquinha fechada, suja de beterraba que ele ainda gosta e n torce o nariz porque n sabe q pode selecionar o que come. 

Parem o tempo no momento em que ele prende o ar ao sair do apartamento porque está no Hall, porque ele vê o enfeite de Natal da porta: uma rena, um boneco de neve e um papai Noel que n tirei da porta porque ele adora!

Ou no momento em que ele quase me sufoca com a mão apoiando o antebraço no meu pescoço/ garganta porque acha que com 7 meses chegaria antes de mim na porta pra agarrar a maçaneta ou pegar a chave.  

Pede pro tempo passar devagar quando o correio dele abranda no meu colo e ele encosta a bochecha no meu ombro querendo dormir. No quanto perco o ar e agradeço como ele é lindo,  engraçado, inteligente, bravo e fica lindo com roupa clara, ou escura, cabelo molhado penteado, bochecha vermelha e cílios em bloquinhos porque acabou de tomar banho.

Congele o minuto em que ele sorri pra própria imagem quando pergunto: Onde está o bebê cheiroso? Quando ele sai do banho enrolado na toalha com rostinho úmido e perninhas balançando,  feliz. 

Parem os relógios no momento em que sinto o pezinho úmido recém saído de um pequeno all star e sinto também o chulézinho do menino que é meu, mas sorri pra todo mundo.

Ou ainda, no minuto em que ele descobre as luzes de um lugar, a percepção de um novo som, quando conversa sozinho ou presta muito atenção em algo q foi parar em suas mãos. 

Parem o mundo, no momento em que ele me escala, me puxa, aperta meu braço, ombros ou rosto querendo se misturar comigo ou só alcançar o controle remoto (que é esplêndido e) está atrás de mim no sofá.

Pára tudo porque descubro todo dia q ele tinha mesmo que ser o Theo. Desse jeito, com esse nome, com essa carinha, molequinho desse jeito, porque ele é! pra além da medida de tudo que podia pedir pra Deus, deusas, vida ou Universo. 




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