Quando recebi a indicação de trabalhar em uma unidade chorei. Chorei de soluçar. Senti medo. Senti meu despreparo. Pra ir, permanecer. Pra lidar com tamanha tristeza e falta de tudo o que encontraria.
Aos poucos a indicação foi se clareando: o motivo, o lugar, o porquê, o que era...
Aos poucos fui pensando q precisava ir e viver cada coisa ao seu tempo.
Saio 30min de casa, ouvindo Gil. Chego nas proximidades da unidade no tempo exato de tocar Andar com fé. Repetia em meia voz o refrão como mantra.
Me lembrando da frase de uma amiga querida: Lá tem muitas Alines, assim como eu, e elas precisam de vc, assim como vc é! Por que tanto medo?
Repetia o refrão e me questionava: Pq tanto medo? Entrei na unidade com o enfermeiro. Naquela sensação de quem treme por dentro da pele. Naquela ansiedade que exige que eu pé se: Preste atenção no que é dito, desligue-se das suas sensações. Confesso que as primeiras conversas que ouvi, via mais imagens e ouvia uma voz ao fuuundo. Pq meus pensamentos e a minha inquietação estava em primeiro plano o e falando mais alto.
Me programei pra viver isso. Pensei em como ir me alcamando. Kemilly chegou. Um rosto conhecido. Agora seria ela, aluna q já girei, quem me guiará no caos em mim e no desafio q se apresentava: eu estava me tornando a psicóloga de uma das unidades mais carentes da cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário