Hoje na TV vi uma história de perda gestacional após descolamento de placenta. Em um segundo, fui transportada para o dia que tive descolamento de placenta na véspera de Natal e me lembrei da cena, do sangue, da minha conversa com o Carlos, da espera, da angústia, do exame, da resposta do médico que estava tudo bem, do mesmo que senti do meu corpo continuar a sangrar como algo independente de mim e que não podia controlar e do que a Cléo me disse sobre não exigir que o Theo servisse a agradar ninguém.
Em um segundo tudo isso.
Então pensei que há histórias na vida da gente que são como aquele canto do armário repleto de elementos que vc sabe que portam uma lógica, mas também portam uma desorganização e que vc n acessa, embora queira organizar, mas sabe que está tudo ali. Longe dos olhos, mas logo ali. Escondido e ao mesmo tempo testemunhando e sendo presença. Esse dia e essa história estão comigo guardadas no passado e sempre presente, testemunhando a algo que sei mas não quero lembrar.
E hoje após a cena pensei: Ainda bem que ficou tudo bem! A-in-da bem!
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