domingo, 24 de novembro de 2024

Será que acredito?

 Sempre fui (e acho que ainda sou) uma defensora do SUS. Não por idealização, mas por ser parte dele.

Conheço há tempos os pontos de força e fragilidade. Mas há um tempo venho me perguntando se ele está acontecendo ou sem perde dia a dia sua capacidade de ação. Isso tem relação com os rumos do serviço onde atuo: minha gestão, as coisas que venho acompanhando… isso tbm tem relação com um ponto da minha maturidade que é me pergunta sobre utilidade, resolução, resultado. 

No texto é lindo. No real me parece cada vez mais distante. E aí tenho me perguntado se ainda tem jeito. Quais os rumos tomar. Pra onde seguir pra que ele seja um sistema efetivo e mais, os problemas ocorrem aqui, em outros locais eu estaria apaixonada pelo SUS, ou tbm n acreditaria nele?! 

Essa semana fui a uma unidade, ouvir uma equipe e… uma avalanche de queixas, de uma gestão que n ouve, n apoia, n se mexe, n age. Uma equipe sofrendo, exposta à violências e  ninguém (NINGUÉM) faz nada. Loucura, né?! 

Saí de lá com desejo de poder mudar tudo. Sensação de impotência. Um amigo falou empolgado sobre o SUS e eu pensei: n sei se acredito mais… não sei.

Cheguei até pensar em um app para as pessoas listarem queixas e necessidades e ir mapeando tudo isso… pensei… será que assim eu daria visibilidade e ajudaria efetivamente os trabalhadores? Não sei…

Aguardo o tempo e suas respostas, mas por hj sofro com as fragilidades e pouco enxergo as potências…

Então por hoje, sem abraSUS! Entendedores, entenderão.



sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Os pés que irão por esse caminho…

 13/11: Theo descobriu que tem dois pés.

            Depois descobriu, e ficou chocado, que eu também tenho dois! 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Frases

 “Vovô pocuia baiúio de iôio pu favô!”

Agora ele constrói frases.   

Cenas de uma vida (em construção)

 Trabalhei no hospital de maior complexidade da região logo que formei. O HC foi uma escola, científica , pós faculdade e de vida.

Talvez por isso, ou por qualquer outra inclinação, sempre penso que pessoas muito adoecidas em seus últimos momentos de vida, devem rever alguns momentos. Ou talvez penso que quando eu estiver em situação difícil, me refugie em histórias, sons, cheiros e sensações que vivi e que valeram a pena viver na minha vida.

Quando escuto algumas músicas da faculdade me transporto diretamente pra alguns momentos. Algumas musicas do álbum acústico da Cássia Eller, como relicário, me transportam pros banhos quentes e longos que tomava no segundo ano de faculdade, e que hoje percebo que eram o meu único refúgio sozinha pra pensar, chorar, comemorar, sonhar estando numa linda, feliz e turbulenta república de 9 mulheres! 

Sou capaz de sentir um cheiro, que só se expressa no calor do início da noite do bosque da faculdade, entre outubro e novembro, que vem com um clima bom pra tomar cerveja no bar, horário de verão em voga, cigarra cantando e animação de fim de ano e véspera de  férias. 

Sou capaz de ouvir e sentir a vibração dos tambores das atléticas quando entrava em algum ginásio com gente indo e voltando com suas batas, cerveja na mão, disputa em quadra, e muita muita muita gente no interunesp. A sensação de pertencimento, de todo mundo gritando o mesmo grito de guerra, de se unir a torcidas desconhecidas pra fazer a sua pequena torcida de campus maior. De gritar até ficar rouca, de chorar no ônibus de volta pq mais uma edição dos jogos acabou e cheia de histórias pra contar… 

Quando escuto Virtual Insanity do Jamiroquai, sou transportada para quando cheguei em Marília, jovem, mtas conquistas pela frente, deixando duas versões de Daniela pra trás, a de Venceslau e a de Assis. Podendo ser outra, a que quisesse. Morrendo perto do Habibs (isso é sonho pra quem morava em cidades que não comportavam redes). Aprovada no HC! Na formação que desejei: Hospitalar!!

(… em construção)