quinta-feira, 28 de maio de 2015

Faltam 32 dias: Enquanto eu "grevo" ele passeia!

Carlos, saiu com seu "pai brasileiro nos EUA"...
Foi conhecer lugares novos...
ADOROU!!! 
Não sei como o lugar se chama, mas assim que souber ou for lá, eu posto! ;)
Por enquanto, só babo nas imagens!!!




quarta-feira, 27 de maio de 2015

Faltam 33 dias: GREVE! GREVE! GREVE!!!


Eu jamais imaginei na minha vidinha, no meu fantástico mundo de Dani, que passaria por tantos perrengues num só ano!!!
Eis mais um.
Estou no meio, dentro de uma greve.
Sim.
Paramos!
Contra um governo temido por toda cidade. Paramos.
Eu particularmente estou muito preocupada, seja com os rumos da greve, seja com o fato de que na verdade esta é uma ação temida por muitos servidores com mais tempo do que eu.
Outro risco é que minhas férias estão para acontecer e essa greve, interpretada pelo prefeito como ilegal, pode gerar desconto no salário e em dias, o que impediria (?) minhas férias.
E chego a pensar, bem agora?
Não poderia ficar com meu rabicó na cadeira, atendendo pacientes?
Não! Não poderia.
A greve me angustia, me faz sofrer, me deixa persecutória, é o tema das minhas conversas, medos, choros e rezas, mas não conseguiria ficar trabalhando enquanto tanta gente está nas ruas.
Na verdade meus pais são adeptos a justiça, e a greve.
Aprendi isso em casa. A lutar pelos meus direitos.
Vivi com justiça em casa e isso faz tanta diferença!!!



Votação, equipe e manifestação

Mas ao mesmo tempo o mundo não é tão justo quanto a minha casa.
E a escolha pela greve foi um caminho que visualizei.
Certa vez, viajando pela Argentina vi uma passeata e me perguntei o que fazia com que aquelas pessoas fossem às ruas. Hoje sei. Mesmo com medo, senti também orgulho de mim sabia!?
Senti mesmo.
Orgulho de participar.
De ter consciência política.
De não me omitir.
E mesmo tendo medo, finjo coragem e vou.
E seja o que Deus quiser.
E que ele nos proteja.
Hoje, amanhã e até a próxima eleição.
Enquanto isso...
Só rezo pra viagem chegar e a greve acabar bem.
Rezo também para não querer morar de vez nos EUA, porque ando muito, MUITO DESILUDIDA com o Brasil.
E eu que nunca pensei em sair de Marília, hoje penso na possibilidade, pela frustração vivida pela greve.

Equipe Ponta firme ;)

Enfim...
Faltam 33 dias!!!
A idade de JESUS!!!
Só por ele viu????

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dias de luta...

A palavra que define meus últimos dias sem dúvida é CAOS.
Mas não apenas em sentido ruim, de caos, pq ele leva a movimento, mudanças, pulsações, faz a vida agitar, esquentar, esfriar... O Caos faz da vida, vida.
E hoje, mais um dia de emoções em trilho de montanha russa, me vi desesperançosa num mundo melhor contando providências divinas às 11 da manhã e agradecendo as providências às 08 da noite.
Também me peguei refletindo sobre os muitos que nos cercam, prendem ou sufocam. Sejam estes muros concretos, como os manicomiais (hoje dia de luta antimanicomial, dia caro a qualquer psicólogo que se preze), como os muros que criamos, para nós. Com nossas críticas, nossos medos, nossa rotina...
Me peguei pensando nos muros que me sufocam, como funcionaria pública, num SUS enfraquecido, que foi estabelecido num formato no qual eu nem sequer acredito. Ou julgue valer a pena. Me peguei com medo da prisão de medo que me impede de lutar pela minha valorização profissional e entrar em greve. Quantos muros me cercam, quantos acho que me protegem quando na verdade me ferem.
Como não enlouquecer em meio a tantos estímulos, a tanta falsidade e ao mesmo tempo a tanta intensidade e amor, como experimento neste caos.
Seria o caminho mais curto o do não sentir, não me afetar, não saber, não pensar. Seria também o caminho mais sem graça e menos eu. Menos o Carlos que renunciou a muros, grades, medos e se lançou!
Hoje dele brincou: faltam 42 dias pra vc vir e viver 35 dias de vida americana comigo, pra depois voltarmos a nossa vida.. E eu o questionei me questionando: será que vou querer a minha vida de volta? O risco é eu querer ficar.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Faltam 46 dias: E ela chegou!!!


I've got sunshine
On a cloudy day
When it's cold outside
I've got the month of may
Well, I guess you'll say
What can make me feel this way?
My girl
Talkin' 'bout my girl, my girl
Sim... Ela chegou.
Num dia nublado e frio.
E nasceu de uma organização coletiva...
Sim. Quase todo mundo do CEREST se juntou pra que ela chegasse...
Carlos acompanhou cada passo ansiosíssimo!!
E ela nasceu no começo da tarde.
Comigo transmitindo tudo da sala do parto pros ansiosos lá de fora.
E pró ansioso lá de longe!
Carlos acompanhou o nascimento da bebê!!
Em Marília além da Valentina, nasceu uma nova San, mãe, uma madrinha e um padrinho.
Valeu a pena o esforço.
Valeu a pena cada segundo no pronto-socorro! Valentina chegou com saúde e cercada de amor.
Exatamente com o raio de sol em dias nublados da música que pra mim, é dela!!!
Bem-vinda menina Valentina!
Que a vida lhe seja doce!!



San e ela


Eu e ela!!! <3

Faltam 46 dias!!!
E a contagem regressiva para ela chegar, acabou!
Agora, faremos a contagem regressiva na companhia dela!!

sábado, 2 de maio de 2015

Quantos dias faltam? Perdida em pensamentos.

Marina Abramovich, artista que ursa seu corpo como expressão de arte e expressão diz que a arte é o oxigênio da sociedade. Carlos foi atrás de oxigênio. Junto com a Solange foi ver uma peça de teatro sobre uma família Italiana.
No Brasil, eu preciso de oxigênio.
Hoje senti um peso diferente. Neste momento, a distância, o tempo já vivido e o restante ganham peso diferente.
Porque hoje o que senti foi que eu e meu corpo reclamam o cansaço pela resistência.
O ato de continuar com as atividades independente de saudade, falta, irritação, cansaço, o prosseguir mesmo que a além do peso da rotina tenha o silêncio pesado da ausência.
A exigência que faço comigo de não depositar sobre as pessoas que convivem comigo que nem sempre tudo está legal por estar meses longe do meu abraço preferido.
A minha exigência comigo mesma de ignorar as lacunas, de manter bom humor, de buscar sensatez e equilíbrio.
A minha cobrança de levar trabalho, aulas, doutorado, casa, economias e vida...
Todas as sensações ignoradas, todas as emoções parcialmente vividas, pq a vida não pára para que eu reclame, nem o mundo recebe os berros e gritos enroscados na garganta, fizeram do meu corpo o palco para a manifestação do ignorado.
Meu corpo foi usado pela vida pra me sinalizar este cansaço. Meu corpo foi o palco da intervenção, ele me fez assistir a intervenção que fez.
Minha pele, minha proteção, minha máscara, expressou as dificuldades vividas. Fui acometida por uma erupção de zicas, em especial por uma urticária q nem sei de onde veio... Na verdade sei de onde veio de fato, mas não sei que alimento, produto ou creme que meu corpo identificou como vilão, uma vez que ele também acreditou na mentira que conto pra mim de que esse turbilhão de sensações que vivo não são nada e que o fez achar que o problema é o leite, o sabonete, o corante.
Hoje indo a farmácia chorei num berro de segundos, não consigo chorar por muito tempo, a vida, o farol, o carro ao lado me cobram razão e então paro.
Mas enquanto não tomo ar... Tomo Allegra (antialérgico) rsrs
Enquanto Carlos não vem, vou sendo a mola que resiste... E resiste... E resiste ou não.