segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dias de luta...

A palavra que define meus últimos dias sem dúvida é CAOS.
Mas não apenas em sentido ruim, de caos, pq ele leva a movimento, mudanças, pulsações, faz a vida agitar, esquentar, esfriar... O Caos faz da vida, vida.
E hoje, mais um dia de emoções em trilho de montanha russa, me vi desesperançosa num mundo melhor contando providências divinas às 11 da manhã e agradecendo as providências às 08 da noite.
Também me peguei refletindo sobre os muitos que nos cercam, prendem ou sufocam. Sejam estes muros concretos, como os manicomiais (hoje dia de luta antimanicomial, dia caro a qualquer psicólogo que se preze), como os muros que criamos, para nós. Com nossas críticas, nossos medos, nossa rotina...
Me peguei pensando nos muros que me sufocam, como funcionaria pública, num SUS enfraquecido, que foi estabelecido num formato no qual eu nem sequer acredito. Ou julgue valer a pena. Me peguei com medo da prisão de medo que me impede de lutar pela minha valorização profissional e entrar em greve. Quantos muros me cercam, quantos acho que me protegem quando na verdade me ferem.
Como não enlouquecer em meio a tantos estímulos, a tanta falsidade e ao mesmo tempo a tanta intensidade e amor, como experimento neste caos.
Seria o caminho mais curto o do não sentir, não me afetar, não saber, não pensar. Seria também o caminho mais sem graça e menos eu. Menos o Carlos que renunciou a muros, grades, medos e se lançou!
Hoje dele brincou: faltam 42 dias pra vc vir e viver 35 dias de vida americana comigo, pra depois voltarmos a nossa vida.. E eu o questionei me questionando: será que vou querer a minha vida de volta? O risco é eu querer ficar.

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