Marina Abramovich, artista que ursa seu corpo como expressão de arte e expressão diz que a arte é o oxigênio da sociedade. Carlos foi atrás de oxigênio. Junto com a Solange foi ver uma peça de teatro sobre uma família Italiana.
No Brasil, eu preciso de oxigênio.
Hoje senti um peso diferente. Neste momento, a distância, o tempo já vivido e o restante ganham peso diferente.
Porque hoje o que senti foi que eu e meu corpo reclamam o cansaço pela resistência.
O ato de continuar com as atividades independente de saudade, falta, irritação, cansaço, o prosseguir mesmo que a além do peso da rotina tenha o silêncio pesado da ausência.
A exigência que faço comigo de não depositar sobre as pessoas que convivem comigo que nem sempre tudo está legal por estar meses longe do meu abraço preferido.
A minha exigência comigo mesma de ignorar as lacunas, de manter bom humor, de buscar sensatez e equilíbrio.
A minha cobrança de levar trabalho, aulas, doutorado, casa, economias e vida...
Todas as sensações ignoradas, todas as emoções parcialmente vividas, pq a vida não pára para que eu reclame, nem o mundo recebe os berros e gritos enroscados na garganta, fizeram do meu corpo o palco para a manifestação do ignorado.
Meu corpo foi usado pela vida pra me sinalizar este cansaço. Meu corpo foi o palco da intervenção, ele me fez assistir a intervenção que fez.
Minha pele, minha proteção, minha máscara, expressou as dificuldades vividas. Fui acometida por uma erupção de zicas, em especial por uma urticária q nem sei de onde veio... Na verdade sei de onde veio de fato, mas não sei que alimento, produto ou creme que meu corpo identificou como vilão, uma vez que ele também acreditou na mentira que conto pra mim de que esse turbilhão de sensações que vivo não são nada e que o fez achar que o problema é o leite, o sabonete, o corante.
Hoje indo a farmácia chorei num berro de segundos, não consigo chorar por muito tempo, a vida, o farol, o carro ao lado me cobram razão e então paro.
Mas enquanto não tomo ar... Tomo Allegra (antialérgico) rsrs
Enquanto Carlos não vem, vou sendo a mola que resiste... E resiste... E resiste ou não.
Esse blog já foi tanta coisa. Lá em 2014 começou como diário pra me ajudar no intercâmbio do meu namorado! Nem imaginava, mas leram meus textos! O namorado foi, voltou, a gente casou, o blog virou diário de dores e delícias do casamento. Mudou de novo pra nomear minha ansiedade pré-gravidez, pós-gravidez. Aí ficou monotemático em: Theo. Assim como a nossa vida! Então, faz como naquele samba: "Entra, se acomoda à vontade! Tá em casa! Toma um drink! Dá um tempo..." e vai me lendo.
sábado, 2 de maio de 2015
Quantos dias faltam? Perdida em pensamentos.
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