quarta-feira, 11 de maio de 2016

Ssssssssilêêêênciio

Se vocês enxergassem a cena que vivo agora... Bem, vcs só enxergam com aquelas câmeras de Big Brother mas OK. Seria interessante. Faz frio, são quase duas da manhã, já cheguei da faculdade, já fiz minha "comida", tomei meu suco, já tomei banho e estou aqui pijama quentinho, edredom sobre a minha cabeça escondendo o brilho da tela do celular.
Carlos dorme.
Ontem também estive assim.
Venho me perguntando porque mesmo com sono não durmo assim que chego da faculdade. E hj descobri a resposta, é após a meia noite que sou eu comigo mesma. Eu, eu mesma e Daniela.
Trabalhamos muito. Carlos e eu nos vemos brevemente a noite, trabalho de dia, de noite, fora relatórios dos estagiários pra ler, textos do doutorado para as aulas, whatsapp de aluno, de paciente, da turma de amigos, do Carlos, da família.
O fato é que estou a mais de quatorze horas no ar, rodeada de barulho, sons, de gente.
Sou agitada em todos os lugares, sempre estou fazendo algo e sempre estou pensando no algo que está por fazer.
Seja o que teria que ter feito e atrasei, o que tenho que fazer e está no prazo, o que poderia adiantar e o execício de entender que nos meus planos sou sempre mais perfeccionista do que posso ou consigo ou sou.
Uma corrida contra o tempo, mas nesse horário, horário em que estou sob meu edredom, não há relógios, ou eu os ignoro ainda que me ferre amanhã.
Agora sou silêncio, escuto minha respiração, os barulhos da minha barriga, a Paçoca ronronando. Esse é um dos raros momentos do dia em que fico comigo, quieta, sozinha, sem vozes, estímulos, demandas, sem gente.
Tão bom, que dá vontade de brigar com o sono pra ele não chegar, pra só ficar eu e o silêncio. Só.
Boa noite...

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