sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Quem olha demais o precipício, não pula!

 Avaliei uma pessoa hoje que me deixou preocupada desde que soube do caso. Tumor em tronco encefálico com cirurgia agendada em 5 dias sem previsão sobre sequelas. 

Fiquei me perguntando como seria atendê-lo. Como será atender alguém que está diante de uma das notícias mais difíceis que alguém pode receber na vida. 

A sensação que tive era de que encontraria alguém angustiadíssimo. Mas não. Estava diante de um homem jovem, internado, monitorado, contando sobre o diagnóstico relativamente calmo. 

Pensei nas defesas armadas e organizadas e pensei n tenho direito de desarticular nada por aqui. Pus-me então a ouvir sobre a vida q ele viveu até aqui. Infância tranquila, adolescência procurando entender sua sexualidade, intercâmbio, um amor durante a viagem, um retorno ao Brasil, trabalho que permite viajar, conhecer o mundo, comprar seu apartamento pra morar próximo a irmã e ao primo. Apaixonado pelos pais. O que quero da vida? Viver tranquilo. Sem muitos movimentos, fazendo o que desejo. 

Pensei tanta coisa… pensei que em meio as defesas estava com ele diante de um precipício, no qual ele irá pula de bungee jump e não sabe como retorna do salto. Mas se olhar muito pro precipício, não pula! 

Pensei também que por defesa, ou não, ele me dizia: Vivi bem até aqui. 

Percebi que estar perto da morte é mais silencioso que som. Meu atendimento permitiu uma revisão. Termino desejando ter excelentes notícias sobre a cirurgia e que embora seja um órgão delicado para operar, era também um órgão de profunda recuperação. E ele sorriu com esperança. Eu desliguei pedindo que essa esperança se faça real. 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Onde me perdi de mim?

 Onde foi que me perdi de mim?

Hoje em terapia me perguntei isso. Onde me perdi de mim? Onde deixei de estar comigo? Parece q caminhei e encontrei a msm Daniela de 2010 pelo caminho.

Não sei o que gosto, o que quero, o que sinto, o que me faz bem e o que me faz sentido. Fiquei em suspenso após sessão. Pensando… fiz tudo o q precisava, pensando… 

Continuo em busca de respostas q sei que virão no tempo. Continuo no medo em suspenso… e ao mesmo tempo vários textos e histórias que caem na minha mão parecem me provocar pra caminhos que temo. O que a gente faz quando percebe coisas que assustam? Lugares que não queremos enfrentar, mas sentimos a vida como um rio nos levando pra lá.

Que estranho… o que é isso q estou vivendo? 

Me encontro no meio do rio. Voltar a primeira margemé impossível, temo o nado até a próxima. ANGÚSTIA.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Tanta angústia que não cabe aqui…

 Neste sábado, Carlos me contou sobre uma atividade de trabalho (um cargo) que irá assumir e que aumentará sua rede de relacionamentos e suas possibilidade de ganhos financeiros. De quebra ficará um dia por mês fora de casa. 

Para além do desconforto da distância (escrever já me deixa ansiosa) tem o fato de que havia sido contra o cargo e novamente ele n me colocou a par dos movimentos profissionais que vem realizando. Dessa vez ele afirma q falara sobre seu desejo.

Sim, mas desejo e realidade guardam uma distância sobre si. 

Surtei. Briguei. Deixamos Theo abruptamente em minha sogra (acrescente aqui 90kg de culpa em mim por isso, sinto mais ansiedade escrevendo isso) e discutimos feio. 

Mas estou aqui para além de rememorar a exaustiva briga repleta de incertezas sobre ele. Sobre pactos. Pq esses se fragilizam a cada descoberta. Mas queria registrar a fragilidade q tenho sentido sobre quem sou diante de tudo isso. Eu sou a que ganha menos. A que perde salário. A insatisfeita com o local onde está, a estável, temerosa e pouco feliz com o trabalho. A que pouco sabe sobre pra onde quer ir. A que vê o marido voando profissionalmente e que mal consegue sustentar suas contas neste momento. 

Como é q me transformei nisso. Algo me diz: qdo virou mãe. Qdo decidi q minha prioridade é o Theo. Por isso, me irrita ouvir Carlos dizer q a dele tbm o é. 

Sinto raiva de prender minha respiração qdo o assunto é trabalhar e ficar longe do Theo. Sinto medo de falhar como mãe. Sinto medo de falhar como pessoa. Sinto medo da raiva q sinto e da inveja tbm. Sinto agonia do meu não desejo. Não sei o q quero profissionalmente. N sei onde quero estar. Onde quero chegar. Queria ter mais dinheiro, isso é a única coisa q sinto. Queria sentir menos q dependo tanto. Queria sentir menos q estou tão grudada ao Theo.

Na discussão nos momentos dolorosos, queria me agarrar no Theo dormindo pra sentir o q sinto qdo estou com ele, mas sem q ele visse o quanto chorava. 

Quis morrer. Será q já n morri? Em partes? Senti ansiedade após a discussão. Na discussão senti vontade de vomitar. Como qdo brigava com o Rodrigo. Depois senti ansiedade por achar q estou errando comigo. Chorei mto no banho no domingo… chorei pela decepção q senti com o Cá, chorei por me sentir insegura qdo ele viaja, por me sentir insegura diante de tantas conquistas dele e tão poucas minhas. Chorei pq sinto medo. Da dependência, dessas inércia, desse n desejar NADA. Nem emprego. Nem relação. Nada. Será q adoeci? Será q o trabalho me adoeceu? Será q só desejo o revide? Só desejo provar pro outro q sou boa? E pra mim? O q quero provar? Qdo o outro é sua avaliação somem? Onde eu fico?! 

O fato é q a briga com o Carlos eh mto sobre mim. Eu n me movimento e sufoco ele? N comemoro ele? N fico feliz? N sou feliz cmg e com ele? 

Angústia batendo no teto e muita muita muita raiva de mim. 


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Um marco histórico

 Hoje, estava com meu óculos de grau (para hipermetropia e astigmatismo) na reunião do trabalho, quando fui olhar meu celular para verificar uma informação e as letras estavam confusas. Difíceis de ler. Pia bem, tirei meus óculos e enxerguei perfeitamente. Mas isso NUNCA havia me acontecido.

Já era! Bifocal se prepare! Porque vou lhe usar! 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

O valor dos amigos

 Hoje em um momento de angústia (ansiosa há dias) chamei duas amigas pra conversar. Uma, minha amiga do pré! Outra, minha amiga de trabalho. 

Falei com elas durante 30min e elas nas primeiras mensagens tiraram minha angústia com as mãos! 

Fiquei pensando no quanto me martirizo sem falar. Do quanto amigos são importantes pra mostrar outros modos de pensar, validar o que sentimos e verbalizar aquilo q n tenho coragem! Como é bom poder encontrar amigos, ter amigos, ainda que n estejam tão perto.

Pensei na avalanche de histórias que vivi, no quanto isso é uma bomba na minha vida. Associado a tudo o que vivi com a chegada do Theo… tanta coisa… junto mexeu comigo e eu precisava muito me reencontrar e com ajuda dos amigos fica mais fácil “achar o caminho de casa”… e vou conseguir.