segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Tanta angústia que não cabe aqui…

 Neste sábado, Carlos me contou sobre uma atividade de trabalho (um cargo) que irá assumir e que aumentará sua rede de relacionamentos e suas possibilidade de ganhos financeiros. De quebra ficará um dia por mês fora de casa. 

Para além do desconforto da distância (escrever já me deixa ansiosa) tem o fato de que havia sido contra o cargo e novamente ele n me colocou a par dos movimentos profissionais que vem realizando. Dessa vez ele afirma q falara sobre seu desejo.

Sim, mas desejo e realidade guardam uma distância sobre si. 

Surtei. Briguei. Deixamos Theo abruptamente em minha sogra (acrescente aqui 90kg de culpa em mim por isso, sinto mais ansiedade escrevendo isso) e discutimos feio. 

Mas estou aqui para além de rememorar a exaustiva briga repleta de incertezas sobre ele. Sobre pactos. Pq esses se fragilizam a cada descoberta. Mas queria registrar a fragilidade q tenho sentido sobre quem sou diante de tudo isso. Eu sou a que ganha menos. A que perde salário. A insatisfeita com o local onde está, a estável, temerosa e pouco feliz com o trabalho. A que pouco sabe sobre pra onde quer ir. A que vê o marido voando profissionalmente e que mal consegue sustentar suas contas neste momento. 

Como é q me transformei nisso. Algo me diz: qdo virou mãe. Qdo decidi q minha prioridade é o Theo. Por isso, me irrita ouvir Carlos dizer q a dele tbm o é. 

Sinto raiva de prender minha respiração qdo o assunto é trabalhar e ficar longe do Theo. Sinto medo de falhar como mãe. Sinto medo de falhar como pessoa. Sinto medo da raiva q sinto e da inveja tbm. Sinto agonia do meu não desejo. Não sei o q quero profissionalmente. N sei onde quero estar. Onde quero chegar. Queria ter mais dinheiro, isso é a única coisa q sinto. Queria sentir menos q dependo tanto. Queria sentir menos q estou tão grudada ao Theo.

Na discussão nos momentos dolorosos, queria me agarrar no Theo dormindo pra sentir o q sinto qdo estou com ele, mas sem q ele visse o quanto chorava. 

Quis morrer. Será q já n morri? Em partes? Senti ansiedade após a discussão. Na discussão senti vontade de vomitar. Como qdo brigava com o Rodrigo. Depois senti ansiedade por achar q estou errando comigo. Chorei mto no banho no domingo… chorei pela decepção q senti com o Cá, chorei por me sentir insegura qdo ele viaja, por me sentir insegura diante de tantas conquistas dele e tão poucas minhas. Chorei pq sinto medo. Da dependência, dessas inércia, desse n desejar NADA. Nem emprego. Nem relação. Nada. Será q adoeci? Será q o trabalho me adoeceu? Será q só desejo o revide? Só desejo provar pro outro q sou boa? E pra mim? O q quero provar? Qdo o outro é sua avaliação somem? Onde eu fico?! 

O fato é q a briga com o Carlos eh mto sobre mim. Eu n me movimento e sufoco ele? N comemoro ele? N fico feliz? N sou feliz cmg e com ele? 

Angústia batendo no teto e muita muita muita raiva de mim. 


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