
Carlos foi à faculdade, participou de uma reunião dos professores do Departamento.
Eu fui à faculdade, trabalhar. Duas aulas (5º e 2º ano de Psico).
Às terças serão dias tranquilos para mim. Porque são dias de disciplinas que gosto.
Retornar a Tupã, mesmo com preguiça, rever alguns dos meus amigos. Rever meus alunos.
Me ajudou e sempre me ajudará a atravessar qualquer situação da vida.
A frase "Por favor, salvem a profissorinha!" é sensacional e não só por ser engraçada.
O ensino me salvou e me salva!
Quantas vezes fui triste dar aula, quantas vezes fui com dor de cabeça, quantas vezes não queria ir...
Mas acredito que essa profissão tão desgastante e até desvalorizada, seja a que permite um intensa troca de energias...
E isso na maioria das vezes é bom.
Isso cura a alma.
E sem dúvida o trabalho me ajudará a enfrentar a ausência do Carlos.
Mas engraçado que andar por aqueles corredores, onde o Carlos também andou, me dá a sensação de que posso vê-lo na próxima porta, no próximo corredor.
As pessoas perguntam.
Querem saber onde ele está, como está... Quando volta.
Também fui com o carro dele.
A impressão que dá é que de alguma forma é mais conforto e segurança...
Estranho.
Li recentemente um texto com uma declaração de amor em que o escritor dizia: Você já está misturada em mim.
Ok! Parece música sertaneja, mas é a sensação.
A sensação de indivisibilidade mesmo com a distância.
Não o sinto longe.
Sei que está. Percebo. Estranho a ausência física.
Mas ele está por perto. E eu também.
Talvez misturada a ele. Talvez do lado de dentro.
O fato é que tenho um ano letivo pela frente e a responsabilidade de integrar a formação de um tanto de gente. É preciso trabalhar! Que bom!!
Quanto ao Carlos, lá ele não dá aulas.
Mas a ida dele, irá proporcionar futuramente aulas...
Porque essa é uma paixão que a gente divide: o ensino.
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