Ela faz meus doces prediletos, a melhor feijoada de todos os tempos. Me dá presentes, bebe cerveja comigo, me chama de Cicarelli (olha que generosidade!? rs) e juro eu me peguei pensando em prometer nunca mais tomar coca cola ou em oferecer todos os brigadeiros do mundo aos céus para um milagre.
Recebemos a notícia de que o filho da Lu Aguirre, minha amiga, tinha caído brincando na escola e estava na UTI da Santa Casa em estado grave.
Eu passei por poucas dificuldades na vida, talvez por isso, a notícia tenha me tirado do eixo. Tremia e chorava sentindo um medo enorme.
Lu já passou por muitos perrengues... nossa amizade se fortaleceu por eles. Mas hoje, hoje era diferente, hoje senti medo.
Falei com ela por telefone e a voz dela destruiu meu coração.
Não tive paz. Chorei, rezei, chorei, rezei, pedi orações, chorei.
A noite a notícia de que o primeiro dreno pra retirada do coágulo não havia dado certo e que a situação era grave, me fez entrar em parafuso.
Como lidar com uma situação dessas? Como entender que um menino de 9 anos está passando por isso.
Pedi intracraniana, coágulo, neurocirurgia, eram palavras que acompanhava na TV quando famosos se acidentavam, mas com um muleke de 9 anos, isso se torna incompreensível.
O grupo do trabalho em peso rezando.
Corri para a Santa Casa, sem saber o que faria lá. Fui para um abraço, porque nessas horas, palavras são dispensáveis.
Fui, ela desolada.
Minha chefe na porta do centro cirúrgico aguardando o fim da inserção do segundo dreno. Fiquei com ela. Eis que ele sai, na maca do centro cirúrgico. O impulso de todos foi de aproximar dele, inclusive o meu.
Corre corre de enfermeira, tensão no ar, sai uma com monitor de frequência cardíaca. O medo me comprimiu.
Sai o cirurgião. Profissão tensa, não!?
Sai com semblante aliviado. Dizendo que o procedimento foi um sucesso e ele estava estável.
Em situações difíceis, qualquer detalhe enche o pulmão da gente de ar e esperança.
Ele foi encaminhado pra UTI. Sedação de 72h, três dias decisivos na vida do Luan e da Lu.
Três dias de coração na mão, oração, esperança.
Eternidade para qualquer mãe.
E que Nossa Senhora embale a recuperação do Luan em braços.
Amém.
Por hoje, gratidão, oração e espera.
Que aquele pestinha fique bem, logo.
Esse blog já foi tanta coisa. Lá em 2014 começou como diário pra me ajudar no intercâmbio do meu namorado! Nem imaginava, mas leram meus textos! O namorado foi, voltou, a gente casou, o blog virou diário de dores e delícias do casamento. Mudou de novo pra nomear minha ansiedade pré-gravidez, pós-gravidez. Aí ficou monotemático em: Theo. Assim como a nossa vida! Então, faz como naquele samba: "Entra, se acomoda à vontade! Tá em casa! Toma um drink! Dá um tempo..." e vai me lendo.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Fé
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